Sonegação na venda de etanol na Bahia chega a R$ 1 bilhão

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Fonte: Tribuna da Bahia

Hoje, segundo dados da Secretaria da Fazenda, 50% do etanol comercializado no estado da Bahia é sonegado

Por Rodrigo Daniel Silva

Ao criticar a sonegação fiscal na Bahia, o presidente do Sindicato do Comércio de Combustíveis, Energias Alternativas e Lojas de Conveniências (Sindicombustíveis), Walter Tannus, disse, ontem, que o ato criminoso provoca uma perda de quase R$ 1 bilhão para o estado só na negociação do etanol.
“A sonegação na Bahia chegou a um patamar inaceitável. Hoje, segundo dados da Secretaria da Fazenda, 50% do etanol comercializado no estado da Bahia é sonegado. Isso representa aproximadamente R$ 1 bilhão de perda tributária por parte do governo do estado da Bahia. Não chamo isso de empresários. Chamo de bandidos travestidos de empresários, de revendedores. Nós temos que fazer imediatamente uma força-tarefa envolvendo todos os agentes econômicos e da cadeia da comercialização do produto, porque, com certeza, se isso for feito, chegaremos aos caminhos visando evitar essa sangria de maneira mais rápida.”, declarou, em entrevista à Tribuna, durante o Encontro de Revendedores de Combustíveis da Bahia em Feira de Santana, no Cajueiro Convenções.
Ainda na entrevista, Walter Tannus criticou a política de preço da Petrobras. “O momento atual é desgastante e requer muita atenção. Não tem estabilidade de um caminho a seguir. Toda hora tem uma mudança das regras do jogo. E a pior, para mim, de todas foi vincular o barril do petróleo, o preço do diesel e da gasolina à variação do barril do petróleo e do dólar. Isso fez com que o produto tenha subido bastante. Quando se cria essa insegurança jurídica afasta investidor. Quem estava vindo para o Brasil fica no ‘vou ou não vou’. Como o mundo é muito grande e tem opções de investir em outros lugares, esses grandes empresários continuam preferindo investir fora do país”, afirmou.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) admitiu, anteontem, que pode rever a política de preços de combustíveis da Petrobras caso não haja prejuízo para a empresa. Durante transmissão ao vivo nas suas redes sociais, em viagem a Dallas, no Texas, o presidente disse que as pessoas o culpam pelo alto valor da gasolina nas bombas e que o sistema de preços "pode ter algum equívoco". Portanto, declarou, se não prejudicar a empresa, pode ser revisado.
"O pessoal reclama do preço da gasolina a R$ 5 e me culpam, atiram para cima de mim o tempo todo. O preço do combustível é feito lá pela Petrobras. Leva em conta o preço do barril de petróleo lá fora, bem como a variação do dólar. Lógico que se a gente puder rever isso aí sem prejuízo para a empresa, sem problema nenhum, às vezes a política pode ter algum equivoco", declarou.

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