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O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, afirmou, nesta terça-feira (29), que a empresa não pode fazer políticas partidárias. “[A Petrobras] tem responsabilidade social? Tem. Pode fazer políticas públicas? Não. Políticas partidárias, menos ainda”, afirmou o general, durante palestra na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados da Justiça Militar da União (Enajum), em Brasília.
De acordo com o que divulgou o Portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, Silva e Luna também disse que “não tem lugar para aventureiro” na empresa. Após uma mega-alta nos preços dos combustíveis, o general foi demitido da presidência da Petrobras na segunda-feira (28/3). O governo federal oficializou a indicação do economista Adriano José Pires Rodrigues, especialista do setor de óleo e gás, para suceder o militar.
Esta é a segunda troca na petroleira em um ano. O motivo da mudança são as queixas de Bolsonaro sobre as altas nos preços dos combustíveis. Em 10 de março, a Petrobras anunciou mega-aumento no valor dos combustíveis nas refinarias — alta de 18,8% na gasolina e 24,9% no diesel. Desde a nova cobrança, o presidente Jair Bolsonaro tece críticas à Petrobras.
O preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Para o diesel, o custo médio passou de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro.
Um dia depois do aumento da empresa, o Congresso Nacional aprovou o projeto de lei que altera a regra de incidência do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) sobre combustíveis, e Bolsonaro sancionou. A iniciativa foi uma tentativa de amenizar o repasse da alta dos preços ao consumidor final.