Saldo da briga pelo ICMS: os postos demitiram mais de 7 mil

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16/03/2022
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A Tarde / Levi Vasconcelos

Os que pensam que postos de gasolina ganham com a escalada dos preços dos combustíveis vão ver agora que não é bem assim. Os cerca de 2.500 postos espalhados pelos quatro cantos da Bahia já demitiram nada menos que sete mil trabalhadores com a crise.
Segundo Walter Tannus, presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis da Bahia (Sindicombustíveis) o xis da questão está no ICMS do diesel, que como a gasolina enfrentou de janeiro para cá cinco reajustes da Acelen, a nova dona da Refinaria Landulpho Alves, e dois da Petrobras.
Explicando: o governo congelou o ICMS do diesel, mas a Acelen resolveu questionar e não obedeceu. Resultado: nos últimos 90 dias a Bahia ficou com o preço mais caro do que outros estados e a clientela fugiu.
40 preços — Disso resultou virar comum caminhoneiros abastecerem no Espírito Santo, viajar até Goiás, por exemplo, só reabastecer noutro Estado. Tannus diz que é aí que o bicho pega.
— A Acelen tem 40 preços para o mesmo produto, o diesel. O que vai por dutos é um preço, o preço de Juazeiro é um, de Ilhéus é outro, de Vitória da Conquista é outro, ainda avaliado se está incluso o frete ou não.
Tannus diz que uma solução já está encaminhada, o que não repara tão cedo o estrago já feito. Moral da história: com a privatização da Landulpho Alves até agora só os compradores ganham.

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