O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira (9) que as prioridades de sua gestão serão implementar uma nova regra fiscal em substituição ao teto de gastos, fazer a reforma tributária e fechar acordos com a União Europeia.
“O importante é a gente ter uma agenda para 2023 forte, recuperar os acordos internacionais, que estão parados, sobretudo com a União Europeia, ter a questão do arcabouço fiscal e da reforma tributária como grandes movimentos nossos”, disse.
Haddad foi apresentado como ministro da Fazenda pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista anunciou, ainda, os nomes de Flávio Dino, na Justiça; José Múcio Monteiro, na Defesa; Rui Costa, na Casa Civil; e Mauro Vieira, nas Relações Exteriores.
O nome de quem comandaria a Economia era um dos mais aguardados, especialmente pelo mercado, diante das declarações feitas por Lula em relação ao teto de gastos — regra que atrela o crescimento das despesas da União à inflação do ano anterior — e de críticas à reforma trabalhista.
A pasta será desmembrada em três: além de Fazenda, cujo titular será Haddad, serão recriados os ministérios do Planejamento e da Indústria, Comércio e Serviços. O ex-prefeito de São Paulo, inclusive, já se encontrou com o ministro Paulo Guedes (Economia) para discutir a continuidade de programas econômicos.
O futuro ministro disse, ainda, que quer conversar com seu colega de Planejamento antes de informar os nomes que vão compor o secretariado. Lula, porém, ainda não revelou quem será o ministro que comandará a pasta. Haddad disse que ainda não fez convites formais para os cargos de sua equipe, mas que já “sondou muita gente”. Ele prometeu conversar “longamente” com a imprensa na próxima terça-feira (13).