Refinaria de Petrobras, Ultra e Braskem anuncia teste bem-sucedido de bio-óleo

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O Estado de São Paulo

A Refinaria Riograndense (RPR) anunciou que teve sucesso no teste de coprocessamento de 5% de bio-óleo (os 95% restantes são de gasóleo proveniente de petróleo). A refinaria tem participação societária da Petrobras, do grupo Ultra, da Braskem. Segundo a petroleira estatal, a unidade é a primeira do País em condições de produzir combustíveis com conteúdo celulósico (com substâncias de celulose).

Bio-óleo é um líquido viscoso, de coloração escura, rico em compostos orgânicos. Assim como o petróleo, precisa de tratamentos adicionais para ser usado em motores ou turbinas. A matéria-prima foi convertida em diversas frações como gás combustível, GLP e componentes para formulação de gasolina e combustível marítimo.

O bio-óleo usado como matéria-prima do teste foi fornecido pela empresa Vallourec Unidade Florestal. Seu processo de obtenção consiste na condensação de vapores gerados na produção de carvão vegetal de eucalipto, evitando a emissão de gases de efeito estufa, e foi certificado pelo International Sustainability and Carbon Certification (ISCC).

O teste de coprocessamento, informou a Petrobras, ocorreu na unidade de craqueamento catalítico da Riograndense por sete dias até 17 de fevereiro.

O teste com conteúdo celulósico é uma das iniciativas para a conversão da Riograndense em fabricante de combustíveis renováveis nos próximos anos.

“Em linha com nosso compromisso de liderar uma transição energética justa no Brasil, transformaremos a Refinaria Riograndense na primeira refinaria do mundo a fabricar produtos 100% renováveis. Ela será uma biorrefinaria que produzirá combustíveis somente a partir de óleos vegetais”, disse em nota a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.

“O teste representa um avanço significativo para o biorrefino global, pois pode viabilizar a transformação de madeira e de outros resíduos agroflorestais, amplamente disponíveis, em derivados típicos do refino de petróleo”, disse em nota a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi.

A iniciativa integra o Programa BioRefino da Petrobras que prevê investimentos de US$ 1,5 bilhão até 2029, conforme o Plano de Negócios em vigor. O teste de coprocessamento na RPR foi realizado de acordo com as cláusulas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) que regulam recursos destinados a projetos de inovação por empresas de óleo e gás.

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