Rede de postos Ipiranga fecha mais de 500 lojas e testa novos modelos

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Valor Econômico

A rede de postos de gasolina Ipiranga, controlada pela holding Ultrapar Participações, fechou mais de 500 lojas de conveniência da bandeira AmPm nos últimos meses. A busca por maior rentabilidade e o impacto da pandemia levaram a empresa a mudar a operação, testando novos modelos de lojas.
Para consultores, com expansão dos aplicativos e dos minimercados, a loja de conveniência tradicional perdeu atratividade, e precisa ter novas propostas.

Do total de 2.345 lojas que a empresa tinha em meados do ano, existem atualmente 1.778 e 44 delas (localizadas dentro e fora de postos) começaram a operar nesse novo conceito. Itens de “food service”, como artigos de padaria e produtos que podem ser consumidos na própria loja, ganham mais peso. Há destaque maior para a área de cafés, salgados e cervejas – bebida com consumo relevante à noite. Um dos objetivos é a melhora da rentabilidade da operação.
“Foram meses estudando onde cabe ou não o novo formato, e nos locais onde fechamos o revendedor pode abrir uma loja dele se quiser, mas não será AmPm”, disse Marcello Farrel, diretor da AmPm. “Mudamos a disposição das áreas e a forma como o cliente circula pela nova loja. Já na entrada ele verá opções para consumo no local, que tem margem melhor.Itens que geram fluxo, como cigarros, ficaram distante da entrada, para levar o cliente a caminhar pela loja”.

A Ipiranga fechou 486 lojas AmPm no terceiro trimestre, levando em consideração tamanho, localização e rentabilidade. A maioria delas é de franquias. Pontos que mesmo após ajustes não trouxeram resultado, ou não tinham espaço físico para receber o novo formato, deixaram de funcionar. A empresa disse a analistas em novembro que outras 81 lojas pararam de operar no terceiro trimestre por causa da crise gerada com a pandemia.
Paralelamente às reformas, a Ipiranga começa a abrir as primeiras lojas fora de postos de gasolina, dentro do novo formato. Também inaugura nesta semana outro modelo em postos de rodovias.
O movimento da companhia intensifica o atual ambiente de competição, e ocorre num período em que Raízen e a mexicana Femsa abrem a primeira loja da rede Oxxo no Brasil.
Duas unidades da AmPm em ruas e avenidas foram inauguradas, neste segundo semestre, uma na capital paulista e outra em Curitiba (PR). Outras duas serão abertas até o fim do ano no Rio de Janeiro e em São Paulo. Para ler esta notícia, clique aqui.
Em janeiro, será inaugurada a primeira loja em aeroporto, no Santos Dumont, no Rio, e outra em rua, na cidade de Campinas (SP). A abertura da primeira unidade da rival Oxxo ocorreu em Campinas, há uma semana.
São unidades próprias da Ipiranga, mas que podem ter um modelo de franquia, após o projeto ganhar volume maior. Isso ainda está sendo formatado.

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