EPBR
A Embraer está apostando em pequenos aviões para desenvolver tecnologias de propulsão de baixo carbono na próxima década, disse nesta segunda (5/12) Arjan Meijer, CEO de Aviação Comercial da fabricante brasileira de aviões.
Ontem, a companhia revelou dois modelos de aeronaves de 19 a 30 lugares com propulsão elétrica que deverão alcançar maturidade tecnológica até 2035.
De acordo com o executivo, a companhia está “explorando” novas tecnologias para acelerar o cumprimento de metas de emissões líquidas zero até 2050 pela indústria de aviação.
“Pequenas aeronaves serão as primeiras plataformas onde os novos sistemas de propulsão serão introduzidos, simplesmente porque podemos aplicá-los mais facilmente em pequena escala”.
No futuro, esses modelos poderão também ser inseridos em aviões maiores.
“O desafio não é apenas o tamanho das aeronaves. É também a aplicação dessas tecnologias a 30 mil pés de altura e -60°C de temperatura”, explica Meijer.
Para o CEO, tecnologicamente, é possível chegar lá. Mas, para alcançar viabilidade comercial e operacional, a indústria precisará de mudanças estruturais que acomodem as novas soluções de emissão zero.
A mais importante delas será o nivelamento entre as diversas companhias aéreas para permitir investimentos na substituição de frota — algo extremamente caro.
A Organização de Aviação Civil Internacional (Icao, em inglês) calcula que a descarbonização do setor custará pelo menos US$ 4 trilhões em investimento em tecnologia até 2050.
São recursos para desenvolver e adquirir aeronaves aptas a usar 100% de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, em inglês) e até mesmo hidrogênio, além de desenvolver a cadeia desses novos combustíveis, por exemplo.