O Estado de S. Paulo
O petróleo enfrenta uma nova curva de quedas nas últimas semanas, acumulando desvalorização de 15% nos últimos 30 dias, no caso do barril do tipo Brent. Com a estimativa de que a commodity pode manter as baixas, é possível que os preços dos combustíveis também caiam.
A queda nas bombas, no entanto, não deve acontecer de forma imediata, conforme explica Gustavo Gomes, especialista de Renda Variável e sócio e da Acqua Vero. “Na cadeia de produção existe um prazo de maturação por conta de reservas financeiras e de petróleo, o que acaba postergando os impactos”, diz.
Assim, não há um prazo certo para que o consumidor final observe uma redução dos preços, como também não é possível saber quanto da desvalorização será repassada até chegar às bombas, podendo ser bem abaixo da redução vista nos contratos futuros de petróleo.
Uma eventual queda, no entanto, pode atingir também o etanol. Apesar de o combustível não ser um derivado do petróleo, seu preço acompanha os movimentos da commodity. O objetivo é que o litro do etanol não fique muito mais barato do que a gasolina.
A oscilação dos dois combustíveis, porém, não deve ocorrer exatamente nas mesmas proporções. É o que explica Brendon Rodrigues, head de inovação e portfólio da ValeCard.
“Normalmente existe uma vantagem periódica de preço entre a utilização de um ou outro a depender do momento, por isso orientamos sempre a realização do cálculo entre custo e consumo”, explica Rodrigues.