Fonte: Canal Online
Minimizar os impactos sociais, ambientais e econômicos nas etapas da produção de cana-de-açúcar. Esse é o objetivo do ELO, programa da Raízen com foco em fornecedores e produtores e inédito na cadeia produtiva global. Criado em 2014, o projeto foi reconhecido recentemente pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) da ONU como um dos cases brasileiros que promovem a transformação no agronegócio.
“Há seis anos começamos uma jornada para transformar a realidade do setor produtivo, que vem influenciando positivamente tanto a cadeia energética quanto o agronegócio como um todo”, afirma Marina Carlini, head de Sustentabilidade da Raízen.
O programa, que atualmente integra quase 2 mil fornecedores nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul, corresponde a 99,6% do volume de produção adquirido pela Raízen, e aproximadamente 50% da matéria-prima utilizada para a produção de açúcar e etanol em 26 unidades da companhia.
De acordo com Marina Carlini, o projeto atua fornecendo orientação aos produtores de cana em temas como pessoas, meio ambiente, cultivo e gestão. “As práticas do ELO são pautadas na evolução do desempenho dos fornecedores. Por meio de metas técnicas relacionadas à produção, nós buscamos elevá-los a um outro patamar de performance”, afirma.
Entre 2017 e 2020, período que corresponde às últimas três safras, a empresa investiu cerca de R$ 16,5 milhões no Programa ELO. Desde 2019, a Raízen produziu 2,5 bilhões de litros de etanol, com 60 milhões de toneladas cana-de-açúcar processadas. A partir da biomassa, um subproduto do processamento da cana, foi possível gerar cerca de 2,1 terawatt-hora (TWh) de energia elétrica nesse período.
Além dos fornecedores da cadeia de cana, o programa também conta com a parceria da Solidariedad, organização especializada no desenvolvimento de cadeias de produção sustentáveis, e do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola).
Para Marina, mais que um benefício para a Raízen e produtores, iniciativas como essa podem dar mais projeção ao agronegócio brasileiro. “Num momento em que o Brasil está no centro de discussões mundiais relacionadas à questão ambiental, nós acreditamos que o ELO pode ajudar a fomentar uma repercussão mais positiva sobre os negócios de Agro do país”, diz.
Micaela Santos
Fonte: Época Negócios