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A produção de petróleo da Petrobras (PETR4) tem uma tendência de crescimento em 2025 com a entrada em operação de plataformas relevantes já a partir deste ano, disse nesta terça-feira a presidente da petroleira, Magda Chambriard, durante evento no Rio de Janeiro.
A executiva citou as capacidades dos FPSOs Almirante Tamandaré, com 225 mil barris/dia (bpd), no campo de Búzios, Duque de Caxias (180 mil bpd, em Mero) e Maria Quitéria (100 mil bpd, em Jubarte), como impulsos para a produção da empresa em 2025.
As três unidades podem proporcionar até 2026 um pico de produção de 500 mil bpd.
“Quando a gente bota algo capaz de produzir 500 mil, a gente está mitigando declínio natural de campos e entrando em ‘ramp up’”, disse ela a jornalistas após evento.
Por outro lado, a Petrobras lida com o declínio natural de outros campos, o que dificulta projeções do aumento líquido do bombeamento de petróleo.
“Com certeza, vamos aumentar a produção, mas não sabemos quanto. Mas estamos aqui pra isso (aumentar a produção)”, adicionou Chambriard.
Pelo plano de negócios divulgado ao final do ano passado, que deve ser atualizado ao final de novembro, a produção em 2025 ficaria praticamente estável em relação a 2024.
A Petrobras projetou no plano 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) de petróleo e gás natural em 2024, podendo variar 4% para cima ou para baixo.
O centro da meta configuraria praticamente uma estabilidade ante o volume produzido em 2023, de 2,78 milhões de boed.
Já a produção de petróleo é estimada em 2,2 milhões de bpd em 2024, mesmo nível esperado para 2025.
Na véspera, a estatal divulgou que sua produção de petróleo no Brasil caiu 8,2% entre julho e setembro ante igual período do ano passado, em meio a paradas para manutenção e declínio em campos maduros.
A Petrobras produziu média de 2,13 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no país no terceiro trimestre.
A presidente da Petrobras atribuiu ao declínio dos campos produtores maduros, principalmente, a redução na produção no terceiro trimestre de 2024.
No mesmo evento, a diretora de Exploração e Produção, Sylvia dos Anjos, apontou que a queda média provocada pelas paradas programadas chegou a 144 mil barris ao dia.
“Como a gente quer uma empresa para muito tempo, não vamos abrir mão das paradas programadas, grande parte tem pré-sal”, explicou ela, lembrando da importância das manutenções.
As executivas disseram que a estatal fará esforços para revitalizar campos da Bacia de Campos, no Estado do Rio de Janeiro.
Atualmente, o fator de recuperação na bacia está em 17%, e a meta é elevar esse patamar para até 35%.
(Reuters)