Preços nos postos: Etanol tem breve queda e gasolina fica estável na média nacional

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Biocombustível foi vendido a R$ 3,81/L enquanto seu concorrente fóssil foi comercializado a R$ 5,85/L

Nova Cana

Os preços do etanol e os da gasolina ficaram praticamente estáveis na média nacional na última semana, após um período de queda. Entre os dias 26 de maio e 1º de junho, o biocombustível foi vendido, em média, a R$ 3,81 por litro, retração de 0,3% ante os R$ 3,82/L de uma semana antes. Já o seu concorrente fóssil foi comercializado a R$ 5,85/L, com estabilidade no comparativo ao registrado anteriormente.

Os números divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) levam em conta não somente o que é observado nos postos, mas também os volumes vendidos – desta forma, grandes mercados consumidores têm maior representatividade no resultado.

Com a queda nas bombas, o renovável melhorou a sua competitividade, seguindo dentro da faixa considerada economicamente vantajosa para o consumidor. Conforme a ANP, a relação entre o preço do etanol e o da gasolina foi de 65,1% na média nacional, pouco abaixo da observada uma semana antes, de 65,3%.

Nas médias estaduais, por sua vez, o biocombustível é considerado competitivo em nove estados e no Distrito Federal.

Variações nos estados

Nas usinas paulistas, o etanol hidratado saiu de R$ 2,2534/L para R$ 2,3076/L, incremento de 2,4%. Além disso, houve alta de 0,3% nas produtoras goianas. Nas mato-grossenses, por sua vez, ocorreu redução de 0,4%. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP.

Em relação ao valor nos postos, a amostragem de municípios tem mudado a cada análise. No período mais recente, a pesquisa foi feita em 431 cidades, três a menos do que na semana anterior.

De acordo com a ANP, de 26 de maio e 1º de junho, os preços do etanol subiram em oito estados, caíram em 13 e no Distrito Federal e ficaram estáveis em cinco. Já os da gasolina aumentaram em nove unidades da federação, caíram em 15 e ficaram estáveis em três.

Em São Paulo, o valor do biocombustível diminuiu 1,1%, para R$ 3,64/L, na média. Já a gasolina foi vendida a R$ 5,62/L, com redução de 0,4%. Com isso, a relação entre os preços ficou em 64,8%, um patamar considerado economicamente favorável para o renovável.

Em Goiás, o etanol foi comercializado a R$ 3,84/L, aumento de 6,4%. Enquanto isso, a gasolina subiu 3,6%, para R$ 5,83/L. Assim, a relação entre os preços dos combustíveis ficou em 65,9%, um resultado vantajoso para o consumo do renovável.

Por sua vez, Minas Gerais registrou queda de 0,8% no preço médio do etanol, indo a R$ 3,96/L; já a gasolina baixou 0,3%, para R$ 5,84/L. Desta forma, o renovável custou o equivalente a 67,8% do preço do combustível fóssil, também em um nível economicamente favorável.

Em Mato Grosso, o preço médio do etanol diminuiu 1,7%, para R$ 3,53/L, seguindo como o menor valor dentre todos os estados. No período, a gasolina também caiu 1,4%, para R$ 5,81/L. Com isso, a relação entre os preços ficou em 60,8%, ainda a mais competitiva para o biocombustível no país.

Já em Mato Grosso do Sul, o etanol teve um decréscimo de 1,6%, para R$ 3,63/L, enquanto a gasolina teve uma baixa de 0,4%, para R$ 5,67/L. Assim, o valor biocombustível correspondeu a 64% do preço de seu concorrente fóssil, em uma relação comercialmente favorável para o renovável.

Por fim, no Paraná, o etanol custou o equivalente a 65,6% do preço da gasolina, um patamar também vantajoso para o biocombustível. No período, o valor do etanol caiu 0,8%, para R$ 3,94/L, e o da gasolina baixou 0,5%, para R$ 6,01/L.

Os preços do etanol e da gasolina por região, estado ou cidade desde 2018 estão disponíveis na planilha interativa (exclusiva para assinantes). Também é possível acessar gráficos avançados e filtros interativos sobre o comportamento dos preços.

Pesquisa de preços

Atualmente, a empresa contratada pela ANP para a realização do levantamento é a Triad Research Consultoria e Pesquisa de Mercado. A vigência do acordo começou em 26 de setembro de 2022 e o cronograma previa um crescimento gradual da amostragem, atingindo 459 municípios até 16 de abril de 2023.

O levantamento mais recente, entretanto, totalizou 431 municípios. Sobre o assunto, a agência justifica: “É possível que a abrangência geográfica sofra variações em determinadas semanas, devido a problemas operacionais pontuais”.

Ainda segundo a ANP, as chuvas intensas que atingem o estado do Rio Grande do Sul impossibilitaram a realização do levantamento em algumas das 36 cidades que compõem o contrato no estado.

“Até que a situação se normalize nas cidades afetadas, é possível que desafios técnicos e operacionais gerem intermitência na coleta e divulgação dos dados em determinados municípios”, completa a agência, em comunicado.

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