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Os destaques sobre os preços dos combustíveis na semana de 19 a 25 de janeiro
Entre os dias 19 e 25 de janeiro, os preços do etanol seguiram em alta na média nacional e, desta vez, foram acompanhados pelos da gasolina. O valor cobrado pelo renovável aumentou 1,7%, de R$ 4,17 por litro para R$ 4,24/L, e o de seu concorrente fóssil saiu de R$ 6,15/L para R$ 6,19/L, incremento de 0,7%.
Os números divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) levam em conta não somente o que é observado nos postos, mas também os volumes vendidos – desta forma, grandes mercados consumidores têm maior representatividade no resultado.
Ainda assim, o preço do renovável se manteve dentro da faixa considerada economicamente favorável para o consumidor. Conforme a ANP, a relação entre o valor do etanol e o da gasolina foi de 68,5% na média nacional, acima dos 67,8% do período anterior.
Nas médias estaduais, por sua vez, o biocombustível é considerado competitivo em cinco estados e no Distrito Federal.
De 20 a 24 de janeiro, o hidratado foi vendido pelas usinas de São Paulo a R$ 2,8141/L, alta de 0,9% frente aos R$ 2,7901/L do período anterior. Já as usinas goianas tiveram uma elevação de 0,3% e as mato-grossenses obtiveram aumento de 1%. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP.
Em relação ao valor nos postos, a amostragem de municípios tem mudado a cada análise. No período mais recente, a pesquisa da ANP foi feita em 363 cidades, 27 a mais do que na semana anterior.
De acordo com a ANP, de 12 a 18 de janeiro, os preços médios do etanol subiram em 18 estados e no Distrito Federal, caíram em três e ficaram estáveis em cinco. Já os da gasolina tiveram alta em 15 unidades da federação, diminuíram em sete e permaneceram estáveis em cinco.
Em São Paulo, o valor médio do biocombustível subiu 1%, para R$ 4,04/L. Já a gasolina ampliou 0,2%, sendo vendida a R$ 6,02/L. Assim, a relação entre os preços ficou em 67,1%, um patamar considerado economicamente favorável para o renovável.
Em Goiás, o etanol foi comercializado a R$ 4,61/L, com ampliação de 4,5%. Enquanto isso, a gasolina subiu 1,3%, para R$ 6,35/L. Desta forma, a relação entre os preços dos combustíveis foi de 72,6%, sem vantagem para o consumo do renovável.
Por sua vez, Minas Gerais registrou elevação de 1,9% no preço do etanol, que foi negociado a R$ 4,32/L; já a gasolina caiu 0,2%, para R$ 6,08/L. Nesse caso, o renovável custou o equivalente a 71,1% do preço do combustível fóssil, em um nível economicamente desfavorável.
Em Mato Grosso, o valor médio do etanol ficou estável em R$ 4,02/L, o menor dentre todos os estados; já a gasolina subiu 0,5%, para R$ 6,22/L. Com isso, a relação entre os preços ficou em 64,6%, a mais competitiva do país.
Já em Mato Grosso do Sul, o etanol subiu 0,8%, para R$ 3,96/L, e a gasolina caiu 0,2%, para R$ 5,98/L. Assim, o valor do biocombustível correspondeu a 66,2% do preço de seu concorrente fóssil, em uma relação comercialmente favorável para o renovável.
Por fim, no Paraná, o etanol custou o equivalente a 69,7% do preço da gasolina, um patamar considerado vantajoso para o biocombustível. No período, o valor do etanol ampliou em 0,5% para R$ 4,38/L, e a gasolina ficou estável em R$ 6,28/L.
Os preços do etanol e da gasolina por região, estado ou cidade desde 2018 estão disponíveis na planilha interativa (exclusiva para assinantes). Também é possível acessar gráficos avançados e filtros interativos sobre o comportamento dos preços.
Atualmente, a empresa contratada pela ANP para a realização do levantamento é a Triad Research Consultoria e Pesquisa de Mercado. A vigência do acordo começou em 26 de setembro de 2022 e o cronograma inicial previa um crescimento gradual da amostragem, atingindo 459 municípios até 16 de abril de 2023.
Entretanto, o alcance do estudo foi reduzido a partir de julho de 2024 devido a cortes no orçamento da ANP. Com isso, a abrangência máxima passou a ser de 358 cidades.
Contrariando este valor máximo, o levantamento mais recente totalizou 363 municípios. Sobre o assunto, a agência justifica: “É possível que a abrangência geográfica sofra variações em determinadas semanas, devido a problemas operacionais pontuais”.