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Os destaques sobre os preços dos combustíveis na semana de 16 a 22 de março:
Entre os dias 9 e 15 de março, o preço do etanol ficou estável na média nacional, embora o da gasolina tenha registrado um leve aumento. O renovável permaneceu em R$ 4,36 por litro, ao passo que o seu concorrente fóssil aumentou 0,2% na semana, de R$ 6,34/L para R$ 6,35/L.
Os números divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) levam em conta não somente o que é observado nos postos, mas também os volumes vendidos – desta forma, grandes mercados consumidores têm maior representatividade no resultado.
O preço do renovável se manteve dentro da faixa considerada economicamente favorável para o consumidor, ainda que esteja próximo do limite. Conforme a ANP, a relação entre o valor do etanol e o da gasolina foi de 68,7% na média nacional, levemente abaixo ante o período anterior.
Nas médias estaduais, por sua vez, o biocombustível é considerado competitivo em quatro estados.
De 17 a 21 de março, o hidratado foi vendido pelas usinas de São Paulo a R$ 2,7572/L, queda de 2,4% frente aos R$ 2,8245/L do período anterior. Já as usinas goianas tiveram uma redução de 1% e as mato-grossenses registraram baixa de 1,2%. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP.
Em relação ao valor nos postos, a amostragem de municípios tem mudado a cada análise. No período mais recente, a pesquisa da ANP foi feita em 380 cidades, duas a mais do que na semana anterior.
De acordo com a ANP, de 16 a 22 de março, os preços médios do etanol caíram em 12 estados, aumentaram em oito e no Distrito Federal e ficaram estáveis em seis. Já os da gasolina tiveram queda em 15, subiram em sete e se mantiveram cinco.
Em São Paulo, o valor médio do biocombustível aumentou 0,2%, para R$ 4,19/L, assim como o da gasolina, que foi a R$ 6,18/L. Assim, a relação entre os preços ficou em 67,8%, um patamar considerado economicamente favorável para o renovável.
Em Goiás, o etanol foi comercializado a R$ 4,45/L, com queda de 0,9%. Enquanto isso, a gasolina baixou 0,2% na semana, para R$ 6,34/L. Desta forma, a relação entre os preços dos combustíveis foi de 70,2%, sem vantagem econômica para o consumo do renovável.
Por sua vez, Minas Gerais registrou diminuição de 0,7% no preço do etanol, que foi negociado a R$ 4,32/L; já a gasolina teve retração de 0,2%, para R$ 6,14/L. Nesse caso, o renovável custou o equivalente a 70,4% do preço do combustível fóssil, em um nível economicamente desfavorável.
Em Mato Grosso, o valor médio do etanol caiu 2,2%, para R$ 4,08/L, o menor dentre todos os estados, enquanto a gasolina baixou 0,2%, para R$ 6,29/L. Com isso, a relação entre os preços ficou em 64,9%, considerada a mais competitiva do país.
Já em Mato Grosso do Sul, o etanol caiu 1%, para R$ 4,08/L, e a gasolina teve queda de 0,3%, indo a R$ 6,13/L. Assim, o valor do biocombustível correspondeu a 66,6% do preço de seu concorrente fóssil.
Por fim, no Paraná, o etanol custou o equivalente a 68,8% do preço da gasolina, um patamar considerado vantajoso para o biocombustível. No período, o valor do etanol estabilizou em R$ 4,57/L e o da gasolina baixou 0,2%, para R$ 6,64/L.
Os preços do etanol e da gasolina por região, estado ou cidade desde 2018 estão disponíveis na planilha interativa (exclusiva para assinantes). Também é possível acessar gráficos avançados e filtros interativos sobre o comportamento dos preços.
Atualmente, a empresa contratada pela ANP para a realização do levantamento é a Triad Research Consultoria e Pesquisa de Mercado. A vigência do acordo começou em 26 de setembro de 2022 e o cronograma inicial previa um crescimento gradual da amostragem, atingindo 459 municípios até 16 de abril de 2023.
Entretanto, o alcance do estudo foi reduzido a partir de julho de 2024 devido a cortes no orçamento da ANP. Com isso, a abrangência máxima passou a ser de 358 cidades.
Apesar disso, o levantamento mais recente totalizou 380 municípios, superando esse limite, algo que vem ocorrendo nas últimas sete semanas.