(Reuters) – Os preços dos combustíveis fecharam a semana em alta nos postos brasileiros, mostraram dados da reguladora ANP nesta sexta-feira, com os custos para os consumidores finais acompanhando em parte reajustes recentes da Petrobras nas refinarias.
Foi a nona semana consecutiva de alta nos valores do diesel e da gasolina nas bombas, que subiram cerca de 1% em relação à semana anterior, segundo os números da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Mas, após uma sequência de aumentos praticados pela Petrobras desde o início de maio, as cotações da gasolina nos postos agora acumulam uma retração no ano maior que a do valor nas refinarias.
Mesmo com os aumentos recentes, o combustível foi comercializado nos postos nesta semana por em média 4,175 reais por litro, ou 8,4% a menos que na primeira semana do ano, de acordo com a ANP.
No mesmo período, os valores praticados pela Petrobras nas refinarias acumulam queda de 7,30%, após quatro aumentos consecutivos apenas em julho.
Já o diesel, combustível mais utilizado no país, foi vendido nas bombas por, em média, 3,280 reais por litro nesta semana, ou 13,3% abaixo do visto no começo de 2020, mostraram os dados da ANP.
Os valores praticados pela Petrobras nas refinarias têm queda maior no período, de 25%, uma vez que os reajustes para o diesel nem sempre acompanharam os movimentos na gasolina.
A sequência de aumentos de preços dos combustíveis registrada desde maio acompanhou em parte uma recuperação do petróleo no mercado internacional— que teve impulso de alguma retomada do consumo com o relaxamento de medidas de isolamento adotadas contra o coronavírus, mas perdeu força mais recentemente com o aumento no número global de casos da doença.
Já o etanol hidratado, concorrente da gasolina nos postos, avançou 0,3% após duas semanas de estabilidade nos postos do Brasil, com média de 2,746 reais por litro. O valor é 13,5% inferior ao visto no início do ano, segundo a ANP.