Valor Econômico
O preço médio da gasolina comum registrou leve alta nos postos brasileiros pela segunda semana consecutiva, indica pesquisa divulgada nesta sexta-feira (14) pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).
O litro do combustível custou em média R$ 5,51 nesta semana. O avanço foi de 0,2% ante os R$ 5,50 da semana passada. O preço máximo encontrado pela ANP foi de R$ 7,19, e o mínimo, de R$ 4,45.
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomou a cobrança de impostos federais sobre a gasolina e o etanol de maneira parcial no início de março.
A medida veio após as alíquotas terem sido zeradas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na tentativa de derrubar os preços nas bombas às vésperas da eleição de 2022.
Conforme a ANP, o preço médio do etanol hidratado chegou a R$ 3,90 nos postos nesta semana. Houve alta de 0,5% em relação aos R$ 3,88 da pesquisa anterior. Esse foi o primeiro avanço depois de quatro quedas consecutivas.
A gasolina tende a ser pressionada nos próximos meses pela mudança no modelo de cobrança do ICMS (imposto estadual), que passa a vigorar em junho. No fim de março, os Estados fixaram a nova alíquota do tributo em R$ 1,22 por litro, superior aos níveis praticados atualmente na maior parte do país.
Diesel
A pesquisa da ANP também apontou que o preço do óleo diesel S-10, o mais usado no país, teve baixa de 0,2%. O valor médio do litro foi de R$ 5,83 nesta semana, após os R$ 5,84 do levantamento anterior.
É a décima redução consecutiva. O movimento de queda reflete dois cortes promovidos pela Petrobras nas refinarias desde o início da gestão do presidente Jean Paul Prates.
Em março, a gasolina exerceu a principal pressão sobre o índice de inflação oficial do Brasil, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O combustível avançou 8,33% no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do mês passado. O índice geral, por sua vez, subiu 0,71% no mesmo período.