Fonte: UDOP
Os fundamentos básicos para que um produto atenda os interesses do cidadão são: qualidade, disponibilidade, preço e seu potencial de gerar bem-estar. O biodiesel brasileiro atende a todos esses aspectos. Além disso, num momento em que o governo questiona os preços do diesel da Petrobras e temos oferta de biodiesel sobrando a preços inferiores em todas as regiões do País, todas as condições estão colocadas para que avancemos no uso deste biocombustível.
Qualidade
Nenhum outro combustível no Brasil possui especificação com tantas análises. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vem aprimorando os requisitos de especificação do biodiesel desde o início do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB).
Em agosto de 2014 foi publicada a Resolução ANP nº 45, tornando a especificação brasileira de biodiesel uma das mais rigorosas do mundo, garantindo a qualidade desde a produção até o consumo final.
Ao longo de mais de uma década de uso no país, novos parâmetros do biodiesel brasileiro foram definidos, alinhados aos mais rigorosos padrões internacionais de qualidade, mas respeitando as especificidades das matérias-primas e condições climáticas nacionais. Além disso, nos últimos 15 anos, mais de 13 mil artigos científicos foram publicados e 280 patentes foram depositadas no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
A comunidade científica do biodiesel no Brasil envolve mais de três mil pesquisadores.
Disponibilidade
Com sucessivas safras recordes de soja, o Brasil tem matéria-prima de sobra para produção de biodiesel. Além do óleo de soja, outros produtos da biodiversidade brasileira podem ser inseridos na cadeia produtiva, como a macaúba. Sebo bovino e gorduras de aves, peixes e porcos - antes descartadas indevidamente - hoje encontram um destino nobre na fabricação do combustível renovável. É o caso também do óleo de cozinha usado. Atualmente, o país recicla apenas 2% do seu óleo. O restante vai pelo ralo, entupindo sistemas de esgoto e contaminando as águas.
Com uma grande oferta de matérias-primas e uma indústria consolidada, com capacidade de expansão (cerca de 38% da capacidade instalada está ociosa), o Brasil pode produzir cada vez mais biodiesel para substituir o diesel fóssil importado. Desde 2008, cada litro de biodiesel consumido no Brasil evita a necessidade de importação do mesmo volume de diesel.
Preço
Além de representar o melhor custo x benefício entre os combustíveis comercializados no país, hoje o biodiesel é competitivo com o diesel fóssil em todas as regiões brasileiras. No Centro-Oeste e Sul, por exemplo, onde está concentrada a maior parte da produção, o biodiesel já é mais barato que o combustível fóssil.
Além disso, existem outras externalidades positivas atreladas ao biodiesel que fazem com que ele seja mais viável economicamente que o diesel. Uma delas é sua capacidade de reduzir as emissões de CO2, sendo um aliado no combate às mudanças climáticas que causam enchentes, secas e diversos danos à economia de cidades, estados e países.
Outra externalidade econômica positiva é a interiorização da indústria e a geração de empregos de qualidade, com inclusão da agricultura familiar no fornecimento de matérias-primas.
Bem-estar social
Por ser um combustível isento de enxofre e redutor da maior parte dos poluentes lançados no ar pela queima de combustíveis fósseis, o uso cada vez maior de biodiesel contribui para melhoria da qualidade do ar que respiramos, reduzindo as mortes, internações e afastamentos do trabalho por conta de doenças causadas pela poluição.
Por tudo isso, este biocombustível faz parte da estratégia brasileira para ampliação do uso de combustíveis renováveis para cumprir as metas estabelecidas no Acordo do Clima de Paris e na Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). O comprometimento com o seu avanço na matriz energética interessa a todos os cidadãos brasileiros, já que todos respiramos o mesmo ar.
É de extrema importância para os interesses nacionais o início do cronograma estabelecido pelo Conselho Nacional de Política Energética, permitindo a adoção do B11 (11% de biodiesel adicionado ao diesel) a partir de julho.
Esta agenda que dá previsibilidade inédita para o avanço do uso de biodiesel está alinhada com o planejamento de um futuro melhor para todos. Qualquer esforço no sentido contrário coloca em risco o desenvolvimento defendido pelo novo governo.
15/04/19
Fonte: Ubrabio