Petróleo volta a cair com expectativa de efeito tímido do teto de preços imposto à Rússia

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UOL

Os preços do petróleo voltaram a cair fortemente nesta quarta-feira (23), impulsionados pelo ressurgimento da pandemia de covid-19 na China, mas também afetados pela perspectiva de um teto nos preços do petróleo russo considerado tímido.

O preço do barril do Brent do Mar do Norte para entrega em janeiro caiu 3,33%, fechando a 85,41 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), também para entrega em janeiro, caiu 3,59%, a 77,94 dólares.

“Os únicos temas são a economia, a China, e o impacto que a decisão do G7 terá nas exportações russas”, disse Craig Erlam, analista da Oanda.

Um novo surto de covid-19 surgiu em Pequim, com cerca de 1.500 novos casos nas últimas 24 horas, segundo a Comissão Nacional de Saúde, um recorde desde o início da pandemia.

A manutenção da política de covid zero por parte das autoridades chinesas gera o temor de uma desaceleração da demanda de petróleo, do qual a China é o maior importador mundial.

O retrocesso também foi motivado pelas notícias vazadas das negociações sobre o mecanismo do teto de preços ao petróleo russo.

Segundo vários veículos de comunicação, os membros do G7 teriam mencionado uma margem de 65 a 70 dólares o barril.

Portanto, autorizariam à Rússia vender e exportar seu petróleo a este preço ou abaixo disso, o que permitiria ao país escapar parcialmente do embargo europeu, que vai entrar em vigor em 5 de dezembro.

“Este teto corresponde mais ou menos ao preço pelo qual os russos já vendiam seu petróleo nestes dias”, explicou John Kilduff, da Again Capital. “Assim, não deveríamos ser privados de quantidades significativas de petróleo russo. É um grande alívio para o mercado, razão pela qual os preços estão caindo”.

“Passamos de um embargo que afetaria todo o petróleo russo a uma situação que permitirá que a maioria dos volumes permaneçam no mercado”, prosseguiu.

A este contexto se soma o relatório semanal sobre os estoques americanos de petróleo, elaborado pela Agência de Informação sobre a Energia (EIA), que mostrou uma queda na demanda de produtos refinados, em particular a gasolina, na semana passada.

Diferentemente do ocorrido com o petróleo, os preços do gás subiram nesta quarta-feira dos dois lados do Atlântico. O principal contrato dos Estados Unidos subiu 7,8%, enquanto o índice de referência europeu, o TTF, subiu mais de 8,2%.

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