Fonte: O Globo
Os futuros de petróleo operam em alta moderada nesta manhã, após dados mistos sobre os estoques dos EUA e com investidores digerindo declarações conflitantes sobre a possibilidade de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) prorrogar esforços de conter sua produção.
Às 8h50 (de Brasília), o petróleo tipo Brent para junho subia 0,27% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 55,04 por barril, enquanto o WTI para o mesmo mês, que já é o mais líquido, tinha alta marginal de 0,08% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 52,89 por barril. O WTI de maio, que vence amanhã, avançava 0,11%, a US$ 52,47 por barril.
Ontem, a associação de refinarias conhecida como American Petroleum Institute (API) estimou que o volume de petróleo bruto estocado nos EUA diminuiu 800 mil barris na semana passada e que os estoques de destilados tiveram queda de 1,8 milhão de barris. Por outro lado, o API também apontou um acréscimo nos estoques de gasolina, de 1,4 milhão de barris.
No final da manhã, está previsto o levantamento oficial sobre estoques dos EUA, do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Segundo analistas, o DoE deverá revelar também uma queda de 800 mil barris nos estoques de petróleo bruto da última semana.
Os mercados de petróleo também têm sido influenciados por especulação sobre as chances de a Opep estender seu acordo de corte na produção. Inicialmente, o cartel se comprometeu a reduzir sua oferta em 1,2 milhão de barris por dia ao longo do primeiro semestre, mas surgiram rumores de que a iniciativa poderia ser prorrogada por seis meses.
Ontem, o secretário-geral da Opep, Mohammad Barkindo, disse que ainda é muito cedo para decidir sobre a extensão, mas alimentou alguma esperança ao ressaltar que o acordo é um “trabalho em progresso”. Antes disso, o ministro de Energia da Arábia Saudita (líder informal da Opep), Khalid al-Falih, levantou dúvidas sobre a possível extensão.
A Opep vai decidir sobre o assunto em reunião marcada para o fim de maio.