CNN Brasil
Os contratos futuros de petróleo recuperaram parte das perdas desta segunda-feira (21) e fecharam o pregão em alta nesta terça-feira (22) com novas sanções dos Estados Unidos ao Irã e sinais de melhora do ambiente diante do avanço dos mercados acionários. A amenização do clima contou com comentários de representantes do governo Trump indicando progresso nas negociações de tarifas com a China.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para junho subiu 2,02% (US$ 1,26), fechando a US$ 63,67 o barril. O Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,78% (US$ 1,18), para US$ 67,44 o barril.
Nesta terça-feira (22), os EUA determinaram novas sanções contra o petróleo iraniano, desta vez visando o magnata do setor Seyed Asadoollah Emamjomeh. O objetivo é cortar fontes de financiamento dos programas nucleares e de armas avançadas do Irã.
Apesar da recuperação de hoje, as perspectivas para os preços do petróleo continuam negativas, pois o progresso nas negociações entre Washington e Teerã, no fim de semana, aumentou a possibilidade de um acordo que possa trazer as exportações iranianas de volta ao mercado.
“As flutuações diárias nos preços do Brent têm estado bastante alinhadas com as variações nos preços das ações, que por sua vez são impulsionadas, acima de tudo, por percepções variáveis sobre como a guerra comercial dos EUA com o resto do mundo vai evoluir e quais serão suas consequências,” diz Bjarne Schieldrop, analista-chefe de commodities do SEB.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou em uma cúpula de investidores a portas fechadas que o impasse tarifário com a China é insustentável e que ele espera uma redução das tensões, segundo a Bloomberg.
Segundo observadores do mercado, a curva futura do Brent indica um mercado spot apertado no momento, mas também aponta para um excesso de oferta nos próximos meses.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta uma queda de 7,9% nos preços das commodities energéticas em 2025, com redução de 15,5% nos preços do petróleo.