Valor Econômico
Os contratos futuros do petróleo fecharam a sessão desta quarta-feira (17) em alta, virando para terreno positivo depois da divulgação dos dados semanais de estoques da commodity nos Estados Unidos, que indicaram uma forte e inesperada redução dos inventários de petróleo bruto e gasolina, refletindo a forte demanda por combustíveis no país.
O contrato do petróleo Brent, a referência global da commodity, para outubro fechou a sessão em alta de 1,41%, a US$ 93,65 por barril, enquanto o do WTI americano para setembro avançou 1,82%, a US$ 88,11 por barril. O índice dólar DXY, que normalmente tem correlação negativa com a commodity, operava em alta de 0,04%, a 106,542 por volta do horário de fechamento do petróleo.
Os estoques americanos de petróleo caíram surpreendentes 7,05 milhões de barris na semana encerrada na última sexta (12), contrariando a expectativa dos analistas consultados pelo “Wall Street Journal”, de alta de 100 mil barris no período. Já os estoques de gasolina recuaram 4,64 milhões de barris, com a queda superando com folga a expectativa, que era de recuo de 900 mil unidades.
Mais cedo, os contratos do petróleo operavam em terreno negativo, ainda sob pressão dos temores de queda da demanda global pela commodity, após a divulgação de uma série de dados econômicos ruins entre alguns dos seus principais importadores.
De manhã, o dado de vendas no varejo dos Estados Unidos registrou variação zero em julho em relação a junho, mas subiram 10,3% em relação a julho de 2021. O desempenho das vendas veio ligeiramente abaixo do projetado por economistas consultados pelo “Wall Street Journal”, de alta de 0,1%.
Já o dado do PIB da zona do euro indicou alta de 0,6% no segundo trimestre, na comparação com o trimestre anterior. Este número revisou para baixo a estimativa preliminar, de alta de 0,7%, e a expectativa de consenso era de que a revisão confirmasse a leitura anterior.
Boa parte da pressão negativa sobre os preços do petróleo nesta quarta veio do dado de produção industrial chinesa, que foi divulgada na noite de domingo (14) para segunda (15), e indicou uma desaceleração inesperada em julho. O dado alimenta temores sobre a demanda pela commodity no país que é o maior importador líquido global da commodity.