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O petróleo fechou em queda enquanto o mercado reagia à decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de manter as taxas de juros inalteradas, confirmando as expectativas dos investidores. Os contratos mantiveram a trajetória de baixa desde cedo após dados apontarem alguma desaceleração da economia da China.

O recuo dos contratos acabou por mitigar o desempenho positivo em janeiro, a primeira alta mensal desde setembro diante da apreensão sobre o conflito no Oriente Médio.

O petróleo WTI para março recuou 2,53% (US$ 1,97), a US$ 75,85 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para abril cedeu 1,40% (US$ 1,16), a US$ 81,71 o barril. No mês de janeiro, os contratos mais líquidos do WTI e do Brent acumularam alta de cerca de 6%.

Os preços a commodity caíram desde cedo depois que a atividade fabril na China contraiu pelo quarto mês consecutivo.

O movimento de queda contou ainda com dados de estoques de petróleo nos Estados Unidos, que subiram 1,234 milhão de barris, informou nesta quarta-feira o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. Analistas consultados pela FactSet esperavam queda de 800 mil barris.

Entre as notícias de destaque, a Arábia Saudita desistiu de seus planos de ampliação da produção. A decisão movimentou o mercado de petróleo em um contexto de opiniões divididas sobre as perspectivas de longo prazo.

O chefe de Pesquisa Econômica e de Nova Geração do Julius Baer, Norbert Rücker, disse que está no grupo que vê a procura de petróleo atingir o seu pico nesta década. Além das capacidades excedentes, uma mudança de tendência comporta riscos de pressões duradouras sobre os custos e de surpresas geopolíticas. Entretanto, o mercado petrolífero parece bem equilibrado este ano, num contexto de economia fraca e de crescimento da produção na América.

Em relação à produção de petróleo, o diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (IEA), Fatih Birol, estimou que a participação do Brasil na oferta global de petróleo irá saltar para 4% em 2030 e se manter neste nível até 2040. Hoje, o país tem uma fatia de 3%, disse Birol em entrevista concedida em Brasília.

(Estadão Conteúdo)

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