Petróleo fecha em queda de 25% em seu pior dia em quase 30 anos; Petrobras derrete

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O petróleo sofreu sua maior queda em um dia em quase 30 anos. Os futuros do petróleo dos EUA fecharam a segunda-feira (9) em queda de 25% devido ao soco duplo de uma guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia, além de vendas nos mercados causadas pelo pânico com o coronavírus. A forte queda do preço da commodity derreteu a cotação das ações da Petrobras na B3, levando ao maior tombo histórico dos papéis da petrolífera brasileira.
O WTI, índice de referência para os preços do petróleo nos EUA, fechou em queda de US$ 10,15, ou 24,6%, a US$ 31,13 por barril, eu seu maior declínio em um dia desde 1991.
Mais cedo, o WTI caiu para US$ 27,34, valor mais baixo desde fevereiro de 2016. Somando isso com a queda de 10% da semana passada, o petróleo caiu 42% em apenas seis dias de pregão. No ano, o WTI está em queda de quase 50%, pouca diferença em relação aos 53% que perdeu durante todo o ano de 2008, auge da crise financeira.
O Brent, índice de referência global para o petróleo negociado em Londres, perdeu US$ 10,91, ou 24%, para fechar em US$ 34,36. O Brent escorregou para US$ 31,02 anteriormente, mínima desde fevereiro de 2016. Na semana passada, a queda foi de 10%.
“É a tempestade perfeita para o petróleo que ninguém poderia ter imaginado – um rompimento da Opep, seguido de uma briga entre os sauditas e os russos por participação no mercado e quarentenas em cidades italianas e de outros países por causa do coronavírus”, disse John Kilduff, sócio fundador do fundo hedge de energia de Nova York Again Capital. “O que mais um bear do petróleo poderia querer?”
A pior liquidação no petróleo em três décadas veio após a Arábia Saudita se recusar a se unir à Opep, liderada pela Arábia Saudita, em cortes de produção de cerca de 1,5 milhão de barris por dia que estenderiam seu acordo da Opep+ pela quarta vez seguida para mitigar a perda na demanda causada pelo novo coronavírus. O Kremlin indicou, após as negociações fracassadas de sexta-feira (6), que irá maximizar a produção a partir de 1 de abril, e a Arábia Saudita anunciou imediatamente cerca aumento de cerca de 1 milhão de barris por dia na produção e uma redução nos preços de venda.
O Goldman Sachs intensificou a liquidação na segunda-feira ao dizer que o petróleo poderia cair para até US$ 20 por barril, nível que não é visto há 18 anos.
A Agência Internacional de Energia disse que, se o coronavírus continuar a se espalhar globalmente e a demanda da China por petróleo permanecer reduzida, a demanda global poderia cair em até 730 mil barris por dia em 2020 – primeiro declínio em um ano em mais de uma década.
Na B3, os papéis da Petrobras registraram a maior queda histórica da companhia, perdendo mais de R$ 90 bilhões em valor de mercado. As ações preferenciais (SA:PETR4) despencaram 29,35% a R$ 16,13, enquanto as ordinárias (SA:PETR3) tiveram um tombo de 28,55% a R$ 17,19. Havia papéis em leilão no momento da escrita, podendo alterar o valor final de fechamento.

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