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Os contratos do petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira, nos níveis mais baixos das últimas duas semanas. O endurecimento de medidas restritivas para conter o avanço da covid-19 na China, especialmente em Pequim, pesaram sobre o sentimento dos operadores nesta sessão. O avanço do dólar+1,47% também pressionou os ativos da commodity.
O petróleo WTI para junho fechou em queda de 3,46% (US$ 3,53), a US$ 98,54 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para o mês caiu 3,76% (US$ 3,99), a US$ 102,16 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Devido à política de zero-covid na China, o governo da capital, Pequim, restringiu a movimentação de seus cidadãos. No distrito de Chaoyang, afetado pela covid-19, os cidadãos foram orientados a não deixar o local. Rodadas de testagem em massa também foram implementadas e ampliadas a outros 11 distritos na cidade. Os temores sobre a demanda chinesa pesaram sobre os mercados nesta sessão.
Com a maior busca por segurança, o dólar avançou ante suas principais rivais, o que torna as commodities mais caras para detentores de outras moedas.
Em relatório, o Commerzbank destaca que o recuo de hoje segue a perda acumulada em cerca de 5% na semana passada, com as preocupações sobre a demanda. A cidade de Xangai está entrando em sua quarta semana de lockdown, lembra o banco alemão. Quanto à oferta, o Commerzbank aponta que a produção da Líbia caiu em 500 mil barris por dia (bpd) nos últimos dez dias, com o fechamento do seus campos e terminais de petróleo. A situação, porém, parece estar sendo normalizada, segundo autoridades, e pode ver a produção voltar em alguns dias. “Dito isto, é improvável que os preços do petróleo sofram uma pressão muito maior, uma vez que a produção de petróleo russa continua caindo e os preços mais baixos do petróleo podem tornar a União Europeia mais disposta a impor um embargo de petróleo à Rússia”, diz o analista Carsten Fritsch.