Valor Econômico
O petróleo recuou em ritmo modesto nesta segunda-feira (11) sem direcionadores para a commodity energética. O movimento de correção, após os preços dos barris baterem os maiores níveis de 2023, foi limitado pela fraqueza do dólar no exterior, o que tende a apoiar commodities cotadas na divisa americana.
O barril do petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para outubro fechou em baixa de 0,25%, a US$ 87,29. Já o barril do Brent, a referência global, para novembro teve queda marginal de 0,01%, a US$ 90,64.
De acordo com Edward Moya, analista-sênior de mercados da Oanda, o petróleo deve seguir próximo das máximas deste ano enquanto investidores aguardam por “um punhado de eventos de risco para a economia dos EUA”, como o índice de preços ao consumidor (CPI) de agosto, previsto para a quarta-feira (13), e as vendas no varejo americano, cujos números saíram na quinta-feira (14).
“A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) basicamente garantiu que o mercado petrolífero permanecerá apertado durante o resto do ano, o que significa que qualquer notícia que piore a perspectiva de demanda apenas produzirá oportunidades de compra”, diz Moya, referindo-se à decisão de Arábia Saudita e Rússia de estender seus cortes de oferta até o fim de dezembro.
Para ele, o petróleo só sofre risco de recuar de forma significativa caso “a economia global sofra uma virada severa” para um cenário de maior fraqueza macroeconômica.
O forte recuo do dólar hoje deu alguma sustentação aos contratos da commodity energética, cuja demanda do mercado tende a aumentar com o movimento no mercado cambial, uma vez que os preços caem para compradores que negociam com outras divisas.
Por volta de 16h25 (de Brasília), o índice DXY, que mede o dólar ante seis pares globais, caía 0,52%, a 104,548 pontos.