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Os contratos futuros de petróleo registraram queda, nesta segunda-feira, 8. Em dia de agenda modesta, a commodity mostrou pouca força, após ganhos na semana passada e com foco no quadro geopolítico e nos efeitos do furacão Beryl. Ao mesmo tempo, analistas ponderavam sobre riscos ainda existentes no quadro global e também sobre as perspectivas para o setor, diante das eleições presidenciais deste ano nos Estados Unidos.
O petróleo WTI para agosto fechou em baixa de 1,00% (US$ 0,83), a US$ 82,33 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto recuou 0,91% (US$ 0,79), a US$ 85,75 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Em dia de agenda fraca, o óleo recuou. O dólar esteve em alta modesta, e o fortalecimento da moeda tende a pressionar a commodity, pois neste caso ela fica mais cara para os detentores de outras divisas. Havia algum otimismo em relação a diálogos por um cessar-fogo na Faixa de Gaza, entre Israel e o Hamas. Além disso, vários portos do Texas foram fechados antes da passagem do furacão Beryl e alguns produtores esvaziaram plataformas offshore, mas eles afirmavam que a expectativa era de impacto pequeno.
Para o TD Securities, o prêmio de risco associado às tensões com o Oriente Médio pode diminuir em breve, a menos que ocorra uma escalada maior no conflito. O banco vê ainda a produção em níveis elevados e avalia que, caso não ocorram compras em nível persistente, os preços tenderão a ficar pressionados.
Entre lideranças globais, o premiê da Índia, Narendra Modi, chegou a Moscou nesta segunda-feira para uma visita de dois dias, a primeira desde que a Rússia enviou tropas à Ucrânia. Modi deve se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, no momento em que a Índia continua a ser um grande comprador de petróleo russo, mesmo diante de sanções dos Estados Unidos e aliados. Atualmente, mais de 40% do petróleo importado pela Índia vem da Rússia, segundo analistas.
O Goldman Sachs, por sua vez, pondera sobre o quadro político nos EUA. Segundo o banco, um eventual segundo governo de Donald Trump teria foco em reduzir entraves regulatórios para o desenvolvimento do setor de petróleo e gás.