Petróleo fecha em alta de mais de 1%, de olho em expectativas de demanda após PIB dos EUA

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O petróleo fechou em alta de mais de 1% nesta quinta-feira, 27, de olho em expectativas de demanda global após dados apontarem crescimento acima do esperado no Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, indicando que a atividade americana permanece resiliente. No radar, a Rússia informou hoje que iniciou e está expandindo rapidamente exportações de petróleo para a África, em reunião de líderes africanos e autoridades russas em Moscou.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em alta de 1,66% (US$ 1,31), a US$ 80,09, marcando primeira vez que WTI fechou acima de US$ 80 desde 18 de abril, segundo a Dow Jones Newswires. O Brent para igual mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 1,59% (US$ 1,32), a US$ 84,24 o barril.
Para a Navellier & Associados, os dados econômicos robustos da economia americana contribuíram para a tendência de alta do petróleo. Hoje, o Departamento do Comércio dos EUA informou que o PIB americano avançou 2,4% no segundo trimestre e o núcleo da inflação PCE desacelerou para 3,8%, números melhores do que os previstos pelo consenso do Projeções Broadcast. Além disso, a queda nos pedidos de auxílio-desemprego e alta nas vendas pendentes de imóveis sinalizaram resiliência do mercado de trabalho e do setor imobiliário.
Além disso, o ministro de Energia da Rússia, Nikolay Shulginov, afirmou hoje que o país começou a exportar petróleo para a África este ano, com o fornecimento chegando a 200 mil toneladas em cinco meses, enquanto o fornecimento de produtos petrolíferos triplicou no mesmo período para 8 milhões de toneladas. “À medida que a Rússia constrói cada vez mais infraestrutura de transporte, logística e financeira em relação aos suprimentos, esperamos que a dinâmica positiva persista até o final do ano”, acrescentou Shulginov.
Na visão do TD Securities, os sinais de demanda continuam a contrabalançar preocupações macroeconômicas e “corroboram expectativas de um déficit notável” na oferta do petróleo pelo resto do ano, o que tende a apoiar alta nos preços da commodity. “Dito isto, é improvável que um programa de compra subsequente de petróleo bruto WTI adicione muito poder de fogo até que os preços ultrapassem US$ 83 o barril”, avalia.

(Estadão Conteúdo)

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