Petróleo fecha em alta, com Venezuela e Oriente Médio no radar

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O Estado de São Paulo
Os preços do petróleo fecharam em alta após operarem voláteis durante a sessão desta quinta-feira (19). O mercado acompanha os desdobramentos da guerra no Oriente Médio e pondera sobre a relevância da retomada dos negócios entre EUA e setor petrolífero venezuelano para a oferta global.
O WTI para dezembro fechou em alta de 1,26% (US$ 1,10), a US$ 88,37 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês avançou 0,96% (US$ 0,88), a US$ 92,38 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
O Tesouro americano confirmou a autorização temporária das transações com o setor de petróleo e gás venezuelano. O alívio nas sanções ocorre após o regime de Nicolás Maduro assentir com termos para garantir eleições livres no ano que vem.
A notícia promoveu um movimento especulativo de queda no petróleo em um primeiro momento, uma vez que sinaliza para uma possível ampliação da oferta global. “Isso pode ter estado por trás de algumas das vendas que reduziram o avanço de ontem e estão resultando no tom mais fraco de hoje”, apontou a Marex em relatório. Assim, o petróleo chegou a cair abaixo da marca psicológica de US$ 90 nas mínimas do dia.
O consultor Bruno Cordeiro alertou, no entanto, que o aumento no volume de produção venezuelana não deve ser tão expressivo quanto o esperado, em função dos “diversos anos de subinvestimento no setor”. “A expectativa de um aumento fraco na produção da Venezuela acabou entregando suporte aos preços do meio ao final da sessão”, afirmou ele.
No radar, o possível envolvimento na guerra de países com produções relevantes de petróleo, mais notadamente o Irã, continua sendo um dos riscos mais monitorados pelo mercado. As tensões crescentes no Líbano e com o Hezbollah também inspiram preocupações, segundo Cordeiro.

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