Período de chuvas acende alerta para risco de inundações em postos de combustíveis e serviços

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Interface Comunicação / Ale Combustíveis

Especialista orienta sobre procedimentos que devem ser realizados para evitar prejuízos e perda de combustíveis em caso de alagamentos

O período de chuvas, que costuma seguir até março em grande parte do país, tem provocado uma série de impactos econômicos e sociais em diversas áreas da sociedade. No segmento de revenda de combustíveis, muitos postos têm enfrentado grandes desafios, principalmente em relação à armazenagem dos produtos em casos de inundações, que têm atingido várias cidades no Brasil.

O gerente responsável pela Engenharia Comercial da distribuidora de combustíveis ALE, João Emídio, explica que há algumas situações que podem evitar muitos problemas e prejuízos durante eventuais enchentes: desenergização das bombas, a fim de evitar um curto-circuito, e a verificação da vedação do bocal de descarga do tanque, local onde é descarregado o combustível. “Outros pontos de atenção são as avarias e os problemas nas edificações do posto. Por isso, a manutenção periódica de calhas, do sistema de aterramento, das instalações elétricas e da caixa separadora de água são importantes e podem evitar transtornos futuros ao revendedor”, revela.

O especialista destaca que, em caso de chuva forte e risco de alagamento, o primeiro passo é desenergizar as bombas de combustíveis com o desligamento dos disjuntores, antes que fiquem submersas. “Isso porque as instalações elétricas nos postos são subterrâneas. Então, quando a água chega a um nível que já está perto da carcaça da bomba, há grande risco de ocorrer curto-circuito.” Entre as principais consequências, pode haver o comprometimento da parte eletrônica da bomba e o sistema de automação, além do risco para as pessoas, dependendo de como estiver o sistema de aterramento do posto. Por isso, é fundamental reforçar a importância de realizar, de forma preventiva, a revisão elétrica, principalmente das bombas de abastecimento, do quadro elétrico e do sistema de aterramento do local.

Risco de contaminação do combustível

Segundo o engenheiro da ALE, outro ponto de extrema atenção se refere ao risco de contaminação do combustível e do meio ambiente em caso de inundações. “Em todos os postos, a conexão de descarga do combustível possui uma tampa estanque. Por isso, é muito importante, em risco de alagamento, verificar se essa tampa está fechada com cadeado ou alguma trava para que não haja risco de infiltrar água no tanque. Inclusive, por força de legislação, essa tampa deve ser estanque”, afirma. O especialista acrescenta que, caso exista uma descarga deslocada no posto, também é fundamental a verificação da estanqueidade desse bocal.

Conforme explica João Emídio, fazer esses processos preventivamente, antes do período de chuvas, é essencial para que o posto esteja preparado para eventuais inundações. “O revendedor precisa garantir que essa boca de descarga esteja estanque. Isso porque essa peça é aberta toda vez que há o recebimento de combustível, sendo acoplada no mangote do caminhão para o descarregamento do combustível no tanque. “Com o passar do tempo, há o desgaste natural da peça. Então, o revendedor deve garantir que ela está oferecendo estanqueidade ao equipamento e que a peça atenda aos requisitos das normas técnicas brasileiras. Sendo assim, nossa orientação é realizar frequentemente a conferência de que a boca de descarga está realizando a vedação necessária ao tanque”, acrescenta.

Entre as principais consequências da não estanqueidade, Emídio cita o risco de entrar água no tanque e ocorrer a contaminação do combustível. “Dependendo do tipo de contaminação, da quantidade e do tipo de combustível, é possível, com custo, recuperar o produto. Porém, em alguns casos, há o risco de ser necessário o descarte total. Além da perda financeira do valor do combustível, o processo de descarte e destinação final desse resíduo perigoso possui custo elevado e precisa ser realizado por empresa licenciada junto ao órgão ambiental.” Em caso de transbordamento ou ruptura de tubulação por recalque do solo ou desmoronamento, também há o risco de ocorrer um acidente ambiental a partir do vazamento do combustível.

Suporte ao revendedor ALE

A ALE oferece o suporte e a orientação técnica necessários para o revendedor que vivencie uma situação de inundação no posto. Para isso, é necessário que ele faça uma limpeza geral e, posteriormente, entre em contato com o coordenador comercial responsável pelo posto. A equipe do programa Ligados na Qualidade vai até o local para inspecionar e aferir a qualidade do combustível de todos os tanques.

Um técnico faz a avaliação do produto e sugere ao revendedor qual é o melhor caminho a ser seguido. Se o combustível estiver liberado e em conformidade com os pré-requisitos de qualidade, ele estará apto a voltar a comercializá-lo. Caso identifique a contaminação e possa ser recuperável, o procedimento de recuperação pode ocorrer no posto ou, dependendo da situação, o combustível pode ser levado para a base mais próxima da ALE para tratamento. Em situação de descarte, a própria equipe de qualidade apoia e orienta o revendedor para fazer o procedimento adequado. “Também é importante verificar se haverá a necessidade de realizar uma limpeza no tanque depois desse descarte”, ressalta. Para retomar a operação normal, devem ser checados os sistemas da bomba e da parte elétrica do posto.

Em janeiro deste ano, as fortes chuvas atingiram a cidade de Itabirito, localizada na região Central de Minas Gerais, e deixou ruas alagadas e moradores ilhados. O posto ALE Bretas, situado no município, é um exemplo de revenda que enfrentou esses desafios. “A ALE nos atendeu o mais rápido possível, com muita atenção, segurança e transparência. A equipe realizou todos os testes necessários e conseguimos retomar nossa operação dentro de poucos dias. Estamos muito satisfeitos com essa parceria de cerca de um ano; a companhia tem uma comunicação eficiente, próxima e nos atende muito bem, suprindo nossa necessidade”, afirma o gerente comercial do posto, Robson Lima.

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