UDOP
Na edição de setembro do relatório que publica mensalmente a Opep preferiu o copo meio cheio. O cartel dos países produtores e exportadores de petróleo acredita na recuperação da demanda global por petróleo ainda em 2022.
Segundo estimativa do cartel, a procura pela commodity crescerá 3,1 milhões de barris por dia (bpd) em 2022 e 2,7 milhões de bpd em 2023, projeção mantida em relação ao relatório em agosto. Com isso, a demanda global restaurará os níveis de consumo de 2019 em 2023.
O prospecto contemporiza a desaceleração econômica induzida pelo combate à inflação e o agravamento da crise energética na Europa. A organização acredita que, até o momento, as economias mais desenvolvidas estão se mostrando capazes de suportar o impacto dos apertos monetários executados ao redor do mundo.
A Opep e países aliados têm conseguido elevar consistentemente os níveis de produção do petróleo durante 2022, mas não no ritmo anunciado: subinvestimentos na capacidade produtiva de alguns dos países da aliança, mais cortes de produção vindos da Rússia dificultaram os objetivos do lado da oferta.
Relatório otimista, a realidade nem tanto
Apesar da projeção colorida da Opep, os mercados de petróleo foram pegos nesta terça-feira pela maré de pessimismo que se segue ao dado de inflação americana, ou mais diretamente, das consequências que ele tem para a ação do principal Banco Central do mundo.
Com um aumento de 0,1% registrados em agosto, o CPI concede licença para novos aumentos de juros e maior pressão de baixa sobre a economia americana, líder em consumo da commodity.
Por volta das 12h45, as referências Brent (internacional) e WTI (americana) operam em queda, respectivamente, de 1,81% e 1,10%.
Fonte: Money Times