(Reuters) – A aliança Opep+ vai assegurar que os preços do petróleo não desabem novamente quando se reunir para definir suas políticas no final de novembro, disse nesta quinta-feira o secretário-geral da Opep, Mohammad Barkindo, acrescentando que a demanda por petróleo tem se recuperado mais lentamente do que previsto.
A afirmação veio em resposta a uma pergunta sobre se há espaço para um planejado aumento de produção a partir de janeiro pela Opep+, que reúne membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e países como a Rússia e outros aliados.
“Quero assegurar-lhes que a parceria entre Opep e os países de fora da Opep continuará a fazer o que sabe fazer de melhor, garantindo que não recairemos nessa derrocada quase histórica que vimos”, disse Barkindo.
“Nós temos que ser realistas, essa recuperação não está acelerando no ritmo que esperávamos mais cedo no ano”, acrescentou ele. “A demanda em si ainda parece anêmica”.
Um comitê técnico da Opep+ se reúne nesta quinta-feira para discutir o nível de cumprimento dos cortes de oferta pelos membros da aliança e os fundamentos do mercado.
Em setembro, o grupo cumpriu com 102% do nível de cortes prometido, segundo duas fontes da Opep+.
Países como Iraque, Nigéria e Emirados Árabes Unidos, que estavam atrasados em suas metas, terão que fazer cortes adicionais até o fim do ano para compensar, mas Barkindo disse que esse esquema de compensação está funcionando bem.
A Opep+ tem cortado a produção em 7,7 milhões de barris por dia, e deverá reduzir essas restrições em 2 milhões de barris por dia a partir de janeiro. O grupo se reunirá em 30 de novembro e 1° de dezembro para definir sua política.