Para 2024, o cartel também deixou inalterada sua projeção de acréscimo na demanda mundial, em 2,2 milhões de bpd.
Diário Comercial
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve sua previsão de alta na demanda global por petróleo em 2023, em 2,4 milhões de barris por dia (bpd), segundo relatório mensal publicado na terça-feira.
Para 2024, o cartel também deixou inalterada sua projeção de acréscimo na demanda mundial, em 2,2 milhões de bpd.
Apenas a demanda em países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) deverá aumentar 100 mil bpd neste ano e 300 mil bpd no próximo, projeta a Opep.
Fora da OCDE, a previsão é de avanços de cerca de 2,3 milhões de bpd no consumo em 2023 e de 2 milhões de bpd em 2024.
A Opep ainda elevou sua previsão para o aumento da oferta de petróleo entre países fora do grupo em 2023 em 100 mil barris por dia bpd, para 1,6 milhão de barris por dia, segundo o relatório mensal publicado na terça-feira.
Os países que devem mais contribuir para o incremento da oferta em 2023 são EUA, Brasil, Noruega, Casaquistão, Guiana e China, diz a Opep. Para 2024, o cartel manteve a projeção de que a oferta global terá incremento de 1,4 milhão de bpd.
Ainda no relatório, a Opep informa que sua produção teve alta de 113 mil bpd em agosto ante julho, para uma média de 27,45 milhões de bpd, de acordo com fontes secundárias.
A organização afirmou ainda que revisou em alta de 40 mil barris por dia (bpd) sua expectativa para a oferta de combustíveis líquidos do Brasil em 2023, para uma média de 4,0 milhões de bpd. O resultado representa um avanço de 300 mil bpd ante o ano anterior, e é influenciado pela produção ‘forte’ vista em julho, afirma o cartel.
A alta na produção de petróleo do País neste ano é apoiada pelo avanço na produção em importantes campos offshore, diz a Opep. A organização destaca que o aumento recente na produção pode ser atribuído a duas unidades offshore que começaram a operar em maio e a recuperação de alguns campos pós-sal.
Para 2024, a Opep ainda prevê que a oferta de combustíveis líquidos do Brasil, incluindo biocombustíveis, avançará 120 mil bpd, para uma média de 4,1 milhões de bpd, com expectativa de crescimento na produção de petróleo.
Em julho, a produção de petróleo do Brasil teve alta de 146 mil bpd ante o mês anterior, para uma média de 3,5 milhões de bpd, devido a novos projetos, diz a Opep. Já a produção de gás natural liquefeito ficou praticamente estável, e deve seguir assim em agosto.
A produção total de combustíveis líquidos do Brasil cresceu 149 mil bpd em julho, para uma média de 4,3 milhões de bpd. O resultado é novo recorde do País, após o pico de 4,0 milhões de bpd visto em janeiro de 2023, diz o grupo.