Valor Econômico
A participação das termelétricas a óleo combustível e diesel na matriz elétrica que abastece os sistemas isolados do país deve cair para 80,5% em 2022, contra os 94,6% previstos anteriormente, de acordo com o Plano Anual da Operação Eletroenergética dos Sistemas Isolados (Plano SISOL 2022), publicado nessa quarta-feira (22) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A expectativa é que a geração a óleo combustível e diesel, combustíveis mais poluentes, perca espaço para usinas a gás natural e biomassa, como consequência da previsão de entrada em operação das termelétricas vencedoras do Leilão nº 001/2019, para fornecimento ao Estado de Roraima. A licitação agregará uma geração térmica de cerca de 830 gigawatts-hora (GWh) a gás natural e de 250 GWh a biomassa.
A previsão é que a geração térmica a gás e biomassa totalize, em 2022, 1.300 GWh nos sistemas isolados – que são aqueles desconectados do Sistema Interligado Nacional (SIN). O Plano SISOL considerou a existência de 165 sistemas isolados em 2022, localizados nos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima, além da ilha de Fernando de Noronha, pertencente ao Estado de Pernambuco. Dentro desse conjunto, atuam nove agentes de distribuição.
A previsão é que os sistemas isolados respondam em 2022 por 0,6% da carga de energia, prevista para o Sistema Elétrico Brasileiro (SEB). As projeções dos sistemas isolados apontam para uma carga própria total de 442 megawatts médios (MWmed), o que representa um recuo de 7% ante a carga de 2021.