EPBR
Diante da urgência climática, a redução das emissões líquidas de carbono no transporte pesado e na aviação é uma prioridade. E em vários países do mundo, os biocombustíveis avançados ganharam destaque nesse desafio.
Além de emitirem menos carbono, o diesel verde e o BioQAV, por exemplo, são combustíveis drop in, isto é, são equivalente aos combustíveis fósseis e totalmente compatíveis com a infraestrutura já existente.
No Brasil, já vemos algumas movimentações para produção desses combustíveis.
Na semana passada, a Acelen assinou um memorando com o governo da Bahia que prevê investimentos de R$ 12 bilhões em biorrefino, nas instalações da refinaria de Mataripe.
A companhia pretende produzir diesel renovável e combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), a partir do HVO.
No ano passado, Vibra e a Brasil Biofuels também anunciaram uma parceria para produção e distribuição de biocombustíveis avançados, a partir de 2025. A matéria-prima será o óleo de palma produzido no interior de Roraima.
A princípio, os projetos olham a exportação, ou até mesmo as aeronaves estrangeiras no Brasil que já são obrigadas a consumirem um percentual mínimo de SAF, enquanto não há uma regulação no país.
O governo Lula (PT) vem dando continuidade aos estudos do Combustível do Futuro, programa criado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para propor políticas para o consumo de SAF pela aviação e outras medidas para descarbonização do transporte.
Nesta edição do antessala, discutiremos a importância da regulação para o desenvolvimento do mercado de biocombustíveis avançados no Brasil e o potencial do país na produção desses combustíveis.