Nordeste tem uma das gasolinas mais caras do país, aponta análise

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Blog do Dércio

Dados do Monitor de Preços de Combustíveis de julho de 2024 divulgados pela Veloe, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), revelaram um cenário de alta abrangente nos valores dos combustíveis em todo o país. O reajuste anunciado pela Petrobrás no início do mês, que elevou em 7,1% o preço da gasolina para as distribuidoras, foi um dos principais fatores que contribuíram para o resultado.
Regionalmente, os maiores preços médios da gasolina foram identificados no Norte (R$ 6,492) e Nordeste (R$ 6,293), contrastando com os menores valores no Sudeste (R$ 6,026) e Centro-Oeste (R$ 6,108). Os aumentos de preço abrangeram todas as regiões, com destaque para o Norte (+4,1%) e Nordeste (+3,8%).
Os estados que lideram os maiores preços são Rio Grande do Norte, com preço médio de litro por R$6,539 e Ceará, com o valor de 6,506. Em seguida vem Sergipe (R$6,375), Alagoas (R$6,347), Bahia (R$6,290), Pernambuco (R$6,189), Piauí (R$6,169), Maranhão (R$6,155) e Paraíba (R$6,071).
No mês de referência, o abastecimento com um litro de gasolina comum custou em média R$ 6,148 nos postos brasileiros, representando um incremento mensal de 3,5%. No balanço parcial de 2024, o preço médio acumulou uma alta de 7,5%, enquanto nos últimos 12 meses o avanço foi de 8,3%.
Esse aumento também se estendeu ao etanol hidratado, com postos do Nordeste e Norte comercializando o combustível pelos maiores valores por litro (R$ 4,705 e R$ 4,648, respectivamente), enquanto Sudeste e Centro-Oeste apresentaram os menores preços (R$ 4,021 e R$ 4,025, respectivamente).
No ano, o diesel S-10 está discretamente mais caro (+0,2%), embora o preço esteja bem acima do registrado em julho de 2023, isto é, há 12 meses (+20,0%). Regionalmente, os maiores preços foram apurados no Norte (R$ 6,336) e Centro-Oeste (R$ 6,242), enquanto os menores foram constatados no Sul (R$ 5,999) e Sudeste (R$ 6,063). Em termos de variação, as maiores altas afetaram os postos do Nordeste (+3,0%) e Norte (+2,2%).
Indicador de Custo-Benefício Flex
A razão entre os preços do etanol e da gasolina foi de 70,4% na média das UFs e 70,3% na média das capitais. Embora essa relação ainda não demonstre uma clara vantagem entre abastecer com etanol ou gasolina, a tendência recente, com maior encarecimento do etanol em relação à gasolina, tem favorecido a escolha pela gasolina.
Essa análise é influenciada por fatores regionais específicos que afetam a oferta e demanda de cada combustível. No Nordeste (Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Maranhão, entre outros) e em alguns estados do Sul (notadamente, Rio Grande do Sul), a gasolina é a opção claramente mais vantajosa. No eixo Sul-Sudeste (como São Paulo e Paraná) e Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás), o etanol mantém uma pequena vantagem.

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