Valor Econômico
Os planos da Vibra Energia para a Comerc, com a conclusão da compra dos 50% de participação restantes na comercializadora, é a busca de maior fluxo de caixa livre e explorar as sinergias que a aquisição pode trazer para o grupo, disse o presidente da distribuidora de combustíveis, Ernesto Pousada.
Em teleconferência com analistas sobre os resultados do quarto trimestre e 2024, Pousada disse que o momento não está favorável para novos investimentos no mercado de energia, o que leva a Vibra a aproveitar o cenário para aumentar esforços na melhoria do fluxo de caixa livre.
“Estamos avançando forte com Comerc e enxergamos sinergias e eficiências adicionais em relação ao que vimos inicialmente [quando a aquisição foi realizada]. Vamos avançar muito”, disse Pousada.
A Vibra registrou, em 2024, margem Ebitda de R$ 175/metro cúbico, fluxo de caixa livre consolidado de R$ 3,3 bilhões, e realizou pagamento de R$ 1,075 bilhão em juros sobre o capital próprio (JCP) e R$ 1,6 bilhão em dividendos.
O negócio da Vibra está ligado ao crescimento do ritmo da economia, representado pelo PIB, e isso é um risco inerente à empresa, ressaltou Pousada. O executivo disse que um exemplo de como esse risco se materializa se deu em outubro, quando a demanda por combustíveis teve retração, ainda que em novembro e dezembro houvesse uma recuperação.