Fonte: EPBR
O BNDES não recebeu nenhum pedido de financiamento pela linha de R$ 3 bilhões criada para o setor sucroalcooleiro e garantida por estoques de etanol. Medida disponibilizada há um mês foi uma resposta ao pedido de socorro feito em março, em meio à crise causada pela pandemia de covid-19.
As informações foram publicadas pelo Valor Econômico e confirmadas pela epbr.
“A principal explicação é a melhora do mercado de combustíveis ocorrida após o lançamento do produto. Depois de uma queda abrupta de demanda e preço em março e abril, os preços se recuperaram em função da desvalorização do dólar, alta do preço do petróleo e recuperação da demanda”, afirma o BNDES.
Após chegar a atingir preços negativos em abril, a cotação do petróleo se recuperou, levando a reajustes da Petrobras no mercado interno de gasolina. Na última terça-feira, os preços internacionais do petróleo atingiram o maior patamar em quatro meses e meio, com o Brent avançando 3,19%, a US$ 44,66, enquanto o WTI chegou a registrar ganhos de 3,13%, a US$ 42,20.
O aumento dos preços eleva as margens do etanol hidratado, que concorre nas bombas. O BNDES afirma que preços do etanol para as usinas estão superiores aos usados como referência da linha de financiamento, R$ 1,54/litro de hidratado e R$ 1,62/litro de anidro, reduzindo o interesse pelo programa.
“O prazo final para protocolo de projetos no PASS [a linha] é fim de setembro e, por ser o etanol uma commodity, os preços podem mudar novamente, sendo importante o BNDES ter um produto disponível para o setor”, conclui o banco.