Importação de diesel pelo Brasil deve continuar alta em 2025, diz consultoria

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UOL

As importações de diesel pelo Brasil em 2025 devem se manter em patamares historicamente elevados, diante das expectativas de crescimento da demanda no país, afirmou o analista de Inteligência de Mercado da StoneX Bruno Cordeiro.

“Em 2025, a tendência se mantém de importações aquecidas do combustível. Apesar de mais um avanço da mistura do biodiesel, em 1 ponto percentual — indo de B14 para o B15 —, o crescimento do consumo de diesel B estimado pela StoneX, em 3,2%, deve garantir que a demanda pelo diesel A (puro) também avance no comparativo anual, em 1,9%”, disse Cordeiro.

O especialista adicionou ainda que há uma baixa capacidade ociosa de refino no país, o que deverá desacelerar o crescimento da produção de derivados.

Em 2024, as importações de diesel recuaram 1,1% ante o ano anterior, para 14,5 bilhões de litros, principalmente devido a uma corrida por internalizações do produto no fim de 2023, antes que houvesse uma reoneração do combustível fóssil em janeiro de 2024, segundo Cordeiro.

Em dezembro passado, as importações de diesel totalizaram 988,6 milhões de litros, recuo de 48% ante o mesmo mês de 2023. “Essa diferença das internalizações ao final do ano contribuiu para uma queda do indicador no agregado anual”, afirmou o analista da StoneX. Cordeiro destacou ainda que outros fatores contribuíram com a redução das compras externas, como o avanço da produção do derivado pelas refinarias brasileiras — que cresceu 3,1% entre janeiro e novembro — e o aumento da mistura do biodiesel no diesel B, do B12 para o B14, acarretando menor participação do diesel A nas vendas ao consumidor final.

A Rússia se manteve como principal fornecedor externo, ampliando sua participação para 65,4% das importações do país em 2024, ante 50,4% em 2023. Para ler esta notícia, clique aqui.

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