Valor Econômico
Os preços médios dos combustíveis subiram na maioria dos Estados do país nesta semana, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) referente ao intervalo entre 6 e 12 de março. A gasolina subiu em 20 unidades da federação, e o etanol hidratado, que compete com o derivado fóssil nas bombas, em 13 e no Distrito Federal.
Apesar de o preço do etanol ainda ter caído em 12 Estados, o biocombustível não ganhou competitividade em outros Estados além de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, onde já estava em vantagem comparativa em relação à gasolina nas semanas anteriores.
Além disso, o preço do litro do etanol chegou a ficar R$ 2 abaixo do valor da gasolina em quatro Estados: Bahia, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. Para alguns analistas, diferenças expressivas acabam estimulando a migração do consumo da gasolina para o etanol, mesmo que a correlação não seja favorável ao consumo do biocombustível.
Nos postos de São Paulo (que concentra metade do consumo nacional de combustíveis), a gasolina subiu, em média, 0,68% (ou R$ 0,043 o litro) em relação à semana anterior, para R$ 6,332 o litro. Já o etanol aumentou 0,55%, a R$ 4,389 o litro.
Com esses preços, o biocombustível vendido nos postos paulistas oferece vantagem econômica para a média da frota flex, já que seu preço ficou em 69% do valor da gasolina — abaixo da paridade técnica, de 70%.
Em Minas Gerais, segundo maior polo de consumo de combustíveis do país, o litro da gasolina ficou 0,26% mais caro (vendido a R$ 6,902), enquanto o preço do etanol subiu 0,36%, para R$ 4,734 o litro.
O Estado em que a gasolina mais subiu foi a Bahia, com elevação de 9,89% apenas nesta semana, para R$ 7,691 o litro. Já o etanol subiu 1,7% nos postos baianos, para R$ 5,47 o litro. O valor do renovável está mais próximo da paridade técnica e ficou em um nível equivalente a 71% do valor do combustível fóssil.
A maior alta do etanol ocorreu em Goiás, onde o litro do produto subiu 5,63%, para R$ 4,769 o litro. Como a gasolina também teve alta expressiva, de 4,27%, e o biocombustível já vinha registrando vantagem nas bombas nas semanas anteriores, o renovável ainda oferece vantagem, com uma correlação de 68% para o preço do derivado fóssil.