Fonte: UOL | Carros
O caminho rumo aos carros elétricos ainda enfrenta muitas incertezas por conta das baterias, recarga do veículo e custo de produção. Isso não assusta alguns países, que já tem planos para, até 2050, criar uma lei para banir os carro a combustão. Porém, um estudo feito pela LMC Automotive diz que, em 2030, 69% dos veículos novos nos Estados Unidos ainda serão movidos a gasolina, enquanto na China este valor será de 48%.
Em 2018, 95% de todos os carros e comerciais leves vendidos globalmente utilizam combustíveis fósseis e a LMC Automotive projeta uma queda de 3% em 2019. O estudo diz que a participação deve cair entre 3% e 4% anualmente, o que faria com que cerca de metade da frota de carros novos ainda fosse abastecida com diesel, etanol ou gasolina.
A explicação para o movimento está em três mercados importantes: China, Estados Unidos e Índia. O governo chinês está apostando no mercado dos carros elétricos com uma política de incentivo e punição. As fabricantes ganham subsídios na produção de carros elétricos, mas tem que atingir uma meta ou serão penalizadas. Por isso, a estimativa é que os carros a combustão sejam 48% do mercado chinês em 2030.
Já nos EUA, o governo está começando a discutir retirar os incentivos dos elétricos e a demanda caiu muito, já que o preço do combustível caiu muito no país. E, com a gasolina barata, os norte-americanos voltaram a olhar com mais carinho para carros como SUVs e picapes. Em 2030, a expectativa é que a participação dos carros a combustão reduza entre 1% e 3% ao ano, chegando a 69% no final da próxima década.
E no meio disso tudo está a Índia, um dos mercados que mais crescem no mundo e que analistas acreditam que logo será o 3º maior do mundo. Em 2017, o governo indiano anunciou um meta ambiciosa de que 30% dos veículos vendidos no país em 2030 sejam elétricos, podendo ser motos, tuk-tuks ou carros.
A estimativa da LMC Automotive mostra que a transição para os carros elétricos não será tão rápida assim. Claro, tudo pode mudar caso apareça uma nova tecnologia que mude o jogo, como as baterias de estado sólido que permite recargas completas em questão de minutos e que tem o dobro de capacidade energética; ou apostas como da Nissan, que trabalha em um sistema que transforma o etanol no tanque do carro em hidrogênio, movendo o motor elétrico sem combustão.
Fonte: LMC Automotive