A Tarde / Coluna o Carrasco
Um dos principais temas debatidos no XVI Encontro de Revendedores de Combustíveis do Nordeste, no Complexo Costa do Sauípe Eco Resort, foi a entrada e atuação de agentes do crime organizado no setor, gerador de um desequilíbrio na prática de preços dos combustíveis no estado e tornando a concorrência desleal. Autoridades e empresários do setor se comprometeram em endurecer a fiscalização e fechar o cerco contra esse tipo de conduta.
Durante o evento, que contou com a prestigiada presença do Governo do Estado, autoridades, fornecedores e distribuidores, uma respeitada fonte que esteve no local confidenciou a essa coluna uma situação que causou desconforto entre todos. Além de diversos pontos positivos que foram discutidos na pauta de interesse dos revendedores da Bahia e do Nordeste e que contaram com ampla cobertura do Grupo A TARDE, o aumento do preço dos combustíveis definido por uma refinaria e que ocorreu no dia anterior do evento, chamou a atenção, além de gerar mal estar entre os presentes.
Ainda que sem tirar o brilho do Encontro, este aumento reforça uma manobra do setor, principalmente dos agentes de refino e distribuição, sacrificando os revendedores, que terminam tirando o lucro e impactando no bolso do consumidor. Sem pestanejar, estas empresas brincam com a margem de lucro considerada alta ao distribuírem os produtos por todo país. Mas aí vai um recado para Larco, Shell, Petrobahia, Ipiranga e outras: antes de atocharem os preços e garantirem seus dividendos às custas do consumidor, vocês deveriam ao menos dar mais atenção e apoiar projetos sociais, educacionais e à agricultura da Bahia.