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Com a União Europeia querendo por um fim aos motores a combustão por gasolina e diesel nos carros já a partir de 2035, os fabricantes de caminhões do continente decidiram seguir um caminho parecido.
Scania, Volvo, MAN, Mercedes-Benz, Ford, DAF e Iveco assinaram um compromisso conjunto para por um fim às grandes usinas de força abastecidas com óleo combustível em 2040.
O acordo vai de encontro aos anseios da Europa em atingir o carbono neutro em 2050. Ainda assim, mesmo com o fim dos motores de ciclo diesel, a enorme frota de caminhões do continente ainda estará em circulação por um bom tempo.
O ano de 2040 surge como uma antecipação de 10 anos nos planos iniciais, que visavam acabar com estes motores em 2050. Para chegar a esse marco, os fabricantes de caminhões vão gastar entre € 50 bilhões e € 100 bilhões em novas tecnologias.
Estas devem ser centradas em hidrogênio, eletricidade e combustíveis limpos, contudo, este último não é visto como uma solução definitiva pelas montadoras de caminhões, que entendem ser apenas uma opção de curto prazo.
Ainda assim, existe o consenso entre as marcas que não haverá solução única, mas um conjunto de tecnologias atuam em paralelo. Neste caso, duas delas aparecem como certas no futuro: células de combustível e veículos elétricos.
O foco dos caminhões é atuar em duas frentes, sendo a primeira na entrega de mercadorias nos centros urbanos e a outra em viagens de longa duração. Por aí, podemos imaginar o hidrogênio como combustível para as carretas, devido à maior autonomia.
Já a eletricidade deve dominar as entregas urbanas e operações de curto alcance. Para estas empresas, existe urgência na questão, visto que “se sentarmos e esperarmos que a tecnologia perfeita surja, iremos queimar o planeta”, disse Henrik Henriksson, presidente-executivo da Scania e presidente do conselho de veículos comerciais da ACEA, associação dos fabricantes de veículos da Europa.