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O preço da gasolina já sofreu seis reajustes em 2021 nas refinarias, acumulando alta superior a 50%. No mesmo período, o etanol também encareceu, mas sem acompanhar o ritmo acelerado do combustível derivado do petróleo.
Com isso, o número de Estados nos quais o álcool é mais vantajoso tem crescido em relação ao total registrado no fim do ano passado – mesmo levando-se em conta seu consumo, cerca de 30% maior ante a gasolina. No mês de dezembro, valia mais a pena colocar etanol no tanque em apenas quatro Estados; em janeiro, o número subiu para cinco; e, no período de 1º de fevereiro a 3 de março, o montante cresceu para sete unidades da Federação: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Sergipe.
Obtidos com exclusividade por UOL Carros, os dados são da empresa de logística e gestão de frotas Ticket Log e não incluem o aumento mais recente da gasolina, que passou a vigorar na terça-feira passada (9).
Segundo Douglas Pina, head de mercado urbano da Edenred Brasil, dona da Ticket Log, o combustível de origem fóssil subiu tanto que o etanol, historicamente pouco consumido no Nordeste devido aos preços elevados, começa a ficar mais atrativo, ainda que por ora em apenas um Estado.
“A novidade na análise de fevereiro fica por conta do Sergipe, com o etanol mais vantajoso que a gasolina. Em janeiro, toda a Região Nordeste tinha a gasolina como o combustível mais indicado, mas o aumento de 5,46% do combustível nos postos sergipanos em fevereiro mudou este cenário”, analisa. Já no Sudeste, São Paulo e Minas Gerais seguiram com o etanol mais vantajoso no mês passado.
Já no Sudeste, São Paulo e Minas Gerais seguiram com o etanol mais vantajoso no mês passado.”É interessante notar, neste recorte, que o Rio de Janeiro, mesmo com a segunda gasolina mais cara do País em fevereiro, a R$ 5,406, manteve este combustível como a opção mais viável para o consumidor, já que nos postos fluminenses o etanol é também uma opção de valor médio alto, a R$ 4,281, atrás apenas de Rio Grande do Sul e Pará”.