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Ao todo, as unidades devem acrescentar até 11,69 milhões de litros à capacidade de oferta diária de etanol
O etanol de milho vem ganhando espaço no mercado nacional de biocombustíveis, atraindo investimentos em meio a um crescimento da produção do grão e por trazer um retorno mais rápido que as usinas de cana-de-açúcar. Segundo a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), a produção deve chegar em 4,5 bilhões de litros neste ano, avanço de 31% em comparação com 2021.
Para os próximos anos, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) espera 11 novas usinas e sete ampliações envolvendo especificamente o etanol de milho. Destas, duas plantas já estão concluídas e aguardam autorização, enquanto quatro estão previstas para o decorrer de 2022 e outras duas devem entrar em funcionamento no próximo ano. Os dados foram atualizados pela agência na última sexta-feira, 6.
Com as construções em andamento, a ANP espera uma capacidade diária adicional de até 5,94 milhões de litros de etanol hidratado e 4,8 milhões de litros de anidro, totalizando 10,74 milhões de litros.
Já as sete usinas em ampliação possuem uma expectativa de incorporar mais 728 mil litros de hidratado e 225 mil litros de anidro a suas capacidades, o que somaria 953 mil litros. Com isso, o potencial produtivo atual destas unidades pode crescer até 31,7%.
Assim, a expectativa é que as obras em andamento adicionem até 11,69 milhões de litros de etanol proveniente de milho à capacidade de produção nacional. Considerando um total atual de 376,58 milhões de litros diários, isso representaria um aumento de até 3,1%.
Já em relação a capacidade existente para a produção de etanol de milho, o aumento é de 51,3%. Especificamente, o potencial para o etanol hidratado passaria de 14,13 bilhões de litros para 20,79 bilhões (+47,2%); já em relação ao anidro, a capacidade iria de 8,66 bilhões de litros para 13,69 bilhões (+58%).
Mato Grosso é o estado com maior número de usinas em obras, com 11 no total — quatro em ampliação e sete em construção. Ele é seguido de Goiás, com três unidades, sendo duas em construção e outra em expansão.
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