O Globo
A empresa americana de A empresa americana de combustíveis Colonial Pipeline teria pago quase US$5 milhões a hackers do Leste Europeu na sexta-feira para ajudar a restaurar a operação do maior oleoduto de combustível dos EUA, de acordo com duas pessoas familiarizadas com a transação.
A empresa havia afirmado que não tinha intenção de pagar o resgate exigido pelos criminosos após um ataque de ransomware (de ransom, resgate) que bloqueou a distribuição de gasolina e na Costa Leste no último dia 7. Alguns estados chegaram a relatar problemas no abastecimento, levando a filas nos postos de combustíveis.
Mas, segundo as fontes, a empresa teria pago o resgate em criptomoedas não rastreáveis horas após o ataque.
Assim que receberam o pagamento, os hackers forneceram à operadora uma ferramenta para descriptografar o código que travou a operação do oleoduto e restaurar a rede de computadores.
Mas a ferramenta era tão lenta que a empresa continuou usando seus próprios backups para restaurar o sistema, disse uma pessoa familiarizada com os procedimentos. A Colonial não quis comentar.
Os hackers, que o FBI disse estarem ligados a um grupo chamado DarkSide, são especializados em extorsão digital e acredita-se que estejam localizados na Rússia ou no Leste Europeu.
O FBI sempre aconselha as empresas a não pagarem resgate, ressaltando que não há garantia de que as promessas de liberação serão cumpridas.