Estadão
Com falta de peças, em especial componentes eletrônicos, nas linhas de montagem, a produção de veículos recuou 21,9% em agosto frente ao mesmo período do ano passado.
No total, 164 mil unidades foram montadas, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, num resultado praticamente em linha (leve alta de 0,3%) com o número de julho.
Só nas linhas de carros de passeio, as mais prejudicadas pela escassez mundial de componentes eletrônicos, a produção, um total de 119 mil unidades, registrou o pior agosto em 18 anos.
Vendas
Como falta carro nas concessionárias, as vendas, embora exista demanda, caíram 5,8% em agosto ante o mesmo período de 2020. As 172,8 mil unidades vendidas são o volume mais baixo para o mês em 16 anos. Na comparação com julho, a queda foi de 1,5%.
Desde o início do ano, o total vendido chega a 1,42 milhão de veículos, 21,9% a mais do que nos oito primeiros meses de 2020, um período em que as vendas foram muito fracas em razão do impacto da pandemia.
Do lado das exportações, que têm a Argentina como principal destino, o balanço seguiu positivo no mês passado, com alta de 5,5% no comparativo com agosto de 2020 e de 23,9% na variação mensal. As montadoras embarcaram 29,4 mil veículos em agosto, levando o total exportado desde janeiro para 253,3 mil unidades: crescimento de 43,5%.
O levantamento da Anfavea mostra ainda que a indústria de veículos abriu 277 vagas de trabalho em agosto, empregando no fim do mês 103 mil pessoas.
A exemplo do que acontece desde o balanço relativo a janeiro, a Anfavea segue sem divulgar os resultados dos fabricantes de tratores e máquinas de construção, também sócios da entidade. Em razão do desligamento da John Deere da associação, a entidade vem revisando toda a série estatística do setor.