O Globo
A forte alta do dólar nos últimos dias – a moeda americana se valorizou 12% frente ao real só este mês – ampliou a defasagem do preço da gasolina no Brasil. O valor praticado nas refinarias brasileiras está 9% menor do que no exterior, mostra acompanhamento diário feito pela Abicom, associação que reúne os importadores de combustíveis.
Também no diesel a defasagem de preço é de 9%. Em ambos os casos, a disparidade dos preços brasileiros em relação aos custos no exterior é a maior desde meados de abril.
A Abicom levanta os preços nos principais pólos de produção da Petrobras e também na Acelen, dona da refinaria baiana de Mataripe, que foi privatizada, para fazer uma média do valor nacional. No caso da Acelen, a defasagem atual é menor: 5% na gasolina e 6% no diesel.
Na quarta-feira passada, a Acelen aumentou os preços do diesel e da gasolina. Na Petrobras, o último reajuste foi em 2023.
Em alguns polos da Petrobras, a defasagem é ainda maior. Em Araucária, por exemplo, a diferença entre o preço praticado na refinaria da estatal e o valor do exterior é de 12%.