Carros flex deixaram de emitir 75 milhões de toneladas de CO2

Novo programa de corte de salário e jornada será bancado com recursos fora do teto, diz secretário
31/03/2021
Volkswagen troca o ‘k’ pelo ‘t’ e vira Voltswagen nos EUA
31/03/2021
Mostrar tudo

UDOP

Graças ao uso de etanol desde abril de 2003 até o final de outubro de 2009, a frota de veículos flex brasileira já evitou a emissão de mais de 75 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) na atmosfera. A marca de 75.918.494 milhões de toneladas de CO2 evitadas é apontada pelo Carbonômetro, uma ferramenta desenvolvida pela UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), que estima a quantidade do poluente que deixou de ser emitida graças ao consumo do combustível renovável por carros flex desde que eles foram lançados no País, em 2003.

O cálculo considera tanto o etanol consumido diretamente pelos veículos flex quanto os 25% de etanol contido na gasolina no caso de uso deste combustível. O Carbonômetro não inclui em seu cálculo os benefícios proporcionados pela frota de veículos a álcool ainda em circulação ou a redução de emissões proporcionada pelos 25% de etanol adicionado à gasolina em todo o território nacional, utilizada pelos veículos a gasolina.

Uma revisão na metodologia de cálculo do Carbonômetro realizada em outubro revelou que o cálculo final estava sub-dimensionado, o que vinha gerando resultados mais baixos que os benefícios reais na redução de CO2 em carros flex. “Basicamente foi feito um ajuste na curva de sucateamento da frota em circulação, que projetava uma retirada exagerada de veículos em uso, afetando os resultados. Agora utilizamos uma nova curva, parametrizada por dados levantados por várias entidades, e ajustada pela UNICA. Também foi atualizado o fator de emissão de CO2,” explica o consultor de emissões e tecnologia da UNICA, Alfred Szwarc.

Para atingir o mesmo total de CO2 que deixou de ser emitido por carros flex segundo o Carbonômetro, seria preciso plantar e manter ao longo de 20 anos mais de 200 milhões de árvores nativas. A metodologia de cálculo da equivalência em árvores foi desenvolvida pela Organização Não-Governamental SOS Mata Atlântica, e está detalhada no site Etanol Verde, mantido pela UNICA. O site permite ainda acionar o Carbonômetro, que integra a campanha “Etanol: uma atitude inteligente,” lançada em agosto de 2008 para detalhar os benefícios do biocombustível produzido a partir da cana-de-açúcar para o meio ambiente e a sociedade como um todo.

De janeiro a setembro deste ano foram licenciados quase dois milhões de carros flex no mercado nacional, de acordo com informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Nesse período, as vendas de automóveis flex cresceram 7% em relação ao mesmo período do ano passado. Em agosto, a fatia de vendas de carros flex em relação ao total de veículos comercializados no Brasil (ciclo Otto: flex e gasolina) cravou um percentual de 94%.

Duas Rodas

“A partir de 2010, o Carbonômetro também vai calcular as emissões de CO2 evitadas por motos flex movidas a etanol,” informa Alfred Szwarc. As motos bicombustíveis chegaram às lojas em março de 2009, com o lançamento do modelo Honda CG 150 Titan Mix, de 150 cilindradas, desenvolvido exclusivamente para o mercado brasileiro.

A montadora japonesa lançou o produto para atingir um público interessado em reduzir os gastos com combustível, principalmente em atividades ligadas ao serviço de moto-fretes. O sucesso nas vendas levou a Honda a lançar uma versão mais sofisticada, a Titan Mix EX, com rodas de alumínio e inovações de design que a tornam mais esportiva. Além disso, também já está no mercado uma versão bicombustível da moto NXR 150 Bros, para uso misto, na cidade e na estrada. A boa aceitação das motos flex pelo mercado sugere que 2010 trará novos lançamentos de motos com essa configuração.

Fonte: ÚNICA
Texto extraído do boletim SCA

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *