Carros elétricos: adoção ainda é baixa no mundo, com exceção da China e Europa

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Os veículos elétricos e híbridos estão ganhando as ruas da China e da Europa num ritmo mais acelerado que o estimado. Mas nos EUA a popularidade deles ainda é baixa e concentrada entre os compradores mais ricos de alguns poucos estados.
Esses são alguns dos destaques do relatório “State of Global Electric Vehicle Adoption”, que acaba de ser divulgado pelo Citibank.


O time global de analistas do setor automotivo do banco revisou as suas estimativas anteriores e concluiu que o avanço tem sido lento na maior parte do mundo.
Quando se olha para os números agregados globais, o percentual do mercado dos elétricos e híbridos ficou em 14,7% em 2022 e deve chegar a 20,1% neste ano. Até 2030, a fatia das vendas mundiais poderá chegar a 45%.


Esses números, entretanto, são puxados por apenas dois dos maiores mercados, a China e a Europa. Nos outros países, a adoção permanece ainda modesta, indicando que as notícias sobre a morte do motor a combustão interna podem ter sido exageradas.
A China tem a maior penetração de veículos elétricos e híbridos.

Pelas estimativas do Citi, eles representam hoje 28% das vendas e, até o próximo ano, deverão ter mais de 50% do mercado.
Com relação ao mercado europeu, a participação hoje fica abaixo da vista na China, mas isso deverá mudar nos próximos anos.
Segundo o relatório, os elétricos e híbridos tiveram uma parcela pouco acima de 15% do mercado em 2022. A fatia deverá passar de 50% em 2028, pouco depois da China, portanto.
Até 2030, a participação desses carros nos mercados da Europa e da China deverá ser semelhante, ao redor de 67%.

Nos EUA, houve avanços tímidos e eles são concentrados em 8 estados. Nos demais, os motores a combustão reinam absolutos. “A penetração ainda não se dispersou de maneira significativa entre as regiões,” diz o relatório.
Os números atuais mostram uma participação de apenas 6% dos elétricos nas vendas americanas. A popularidade desses carros é um pouco maior entre os consumidores mais ricos: no segmento premium e de luxo, o percentual passa de 20%.


Como se poderia imaginar, a Califórnia é o estado com maior popularidade dos elétricos e híbridos, atraindo 14% dos consumidores. Na Flórida, o percentual é de 9%, e em Nova York, 7%.
As projeções feitas pelo banco vão até 2030, quando a parcela dos elétricos e híbridos deverá atingir 45% no mercado americano, percentual semelhante ao dos outros países da América do Norte, Canadá e México.


No Japão, a adoção dos elétricos permanece em níveis ainda mais baixos do que os vistos nos EUA. Eles representam menos de 2% das vendas, e o percentual deve subir para 10% apenas em 2028.
Entre os principais mercados da Ásia, a Coreia do Sul lidera a adoção depois da China. Lá o percentual está em 10% e poderá ultrapassar os 50% em 2028.
Na América do Sul, os números até agora são insignificantes. E, se as projeções se revelarem corretas, continuarão assim por um bom tempo.

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