Caminhões e ônibus a gás e elétricos: venda despenca no Brasil em 2023

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Estradão
A venda de caminhões e ônibus a gás e elétricos desabou no Brasil. Conforme a Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de janeiro a julho, foram emplacadas 288 unidades. Ou seja, 234 elétricos e apenas 54 a gás. Portanto, houve queda de mais de 58% em relação aos números do mesmo período de 2022.
Assim, nos sete primeiros meses do ano passado, foram vendidos 488 caminhões e ônibus elétricos e 199 a gás no Brasil. Conforme o vice-presidente da Anfavea, Gustavo Bonini, a queda nas está ligada ao Proconve P8. Ou seja, a nova fase do programa de controle de emissões por veículos a diesel.
Com os novos sistemas, os preços dos modelos a diesel subiram até 30%. Com isso, segundo Bonini, quem precisou renovar a frota focou veículos a diesel. Porém, ele diz que as perspectivas são positivas. E que há mais empresas buscando caminhões e ônibus com menores emissões. “É uma demanda da sociedade”, diz. “E isso inclui o transporte de carga e passageiros.”
Caminhões a gás
Enquanto isso, as montadoras buscam mostrar novidades às transportadoras. É o caso da Scania que, por ora, é a única que produz caminhões a gás no Brasil. A marca revelou, com exclusividade ao Estradão, que vai ampliar essa linha em breve. Nesse sentido, terá versões com motores de 420 cv e 460 cv, com lançamento previsto para fevereiro de 2024.
Atualmente, a Scania vende caminhões a gás com três opções de potência. Ou seja, de 280 cv, 340 cv e 410 cv. Porém, esta será substituída pela de 420 cv. Conforme a empresa, um dos focos é o agronegócio. Entre os potencias compradores estão produtores rurais de Mato Grosso. Afinal, a região recebe gás que vem diretamente da Bolívia, o que reduz o preço do combustível.
Volkswagen E-Delivery
No caso de caminhões elétricos, as perspectivas também são positivas. Segundo o gerente de estratégias corporativas da VWCO, Walter Pellizari, a empresa vai ampliar a produção neste ano e em 2024. A marca faz a linha E-Delivery no Rio de Janeiro. É uma tecnologia mais cara, mas que vem caindo (o preço) ao longo do tempo”, afirmou o executivo em entrevista à agência epbr.
Conforme Pellizari, o consumidor está vendo benefícios na eletrificação. Bem como percebeu que essa alternativa pode ser mais viável financeiramente do que veículos a diesel. Primeiro veículo 100% elétrico desenvolvido e produzido no Brasil, o E-Delivery foi lançado em 2021.

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