BYD registra novo recorde em vendas de veículos elétricos e reduz diferença para a Tesla

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O Globo

A chinesa BYD elevou suas vendas totais para 4,25 milhões de carros de passeio no ano passado, diminuindo sua diferença para a Tesla enquanto as duas disputam o título de líder mundial no segmenti de veículos elétricos.

A montadora sediada em Shenzhen, que parou de fabricar veículos movidos inteiramente a combustíveis fósseis em 2022, atingiu um novo recorde mensal de vendas em dezembro, impulsionada por subsídios e ofertas de incentivos extras aos compradores.

A BYD vendeu 509.440 veículos de passageiros híbridos plug-in e puramente elétricos em dezembro, disse a empresa na quarta-feira. O número inclui 207.734 EVs, elevando a contagem anual de vendas de carros movidos a bateria para 1,76 milhão. As vendas anuais gerais aumentaram 41% ano a ano.

A ascensão da BYD como uma marca de carros campeã de vendas contrasta com a turbulência enfrentada por um número crescente de gigantes automobilísticas tradicionais como a Nissan Motor Co., a Volkswagen AG e a Stellantis NV. As marcas de carros ocidentais enfrentaram queda nas vendas na China, ao mesmo tempo em que ficaram para trás na transição para EV.

A Tesla divulgará seus números de vendas do quarto trimestre no final desta semana. A empresa de Elon Musk precisa entregar pelo menos 515.000 EVs nos últimos três meses de 2024 para atingir sua orientação de “ligeiro crescimento” nas vendas anuais, ou 1,81 milhão de entregas, o que seria um recorde trimestral para a empresa. As estimativas dos analistas são de 510.400 entregas, um pouco abaixo das expectativas da Tesla.

O aumento da BYD ajudará a consolidar seu lugar entre as principais fabricantes de automóveis em todo o mundo. Seu aumento nas vendas totais a coloca perto de superar a Ford Motor Co. e a Honda Motor Co. em uma base anual também. Vendas mais altas levarão a receita anual da empresa a mais de US$ 100 bilhões pela primeira vez.

Os ganhos da BYD foram impulsionados pelas vendas domésticas na China — e auxiliados no segundo semestre do ano pelo aumento de sɓubsídios para convencer os motoristas a abandonar os carros a gasolina.

Sua meta de vender cerca de meio milhão de veículos fora da China ficou aquém das expectativas diante da resistência da União Europeia, que impôs tarifas adicionais sobre veículos elétricos chineses.

No Brasil, um dos seus maiores mercados internacionais, a BYD está sob investigação por alegações de condições análogas às de escravidão para alguns trabalhadores da construção civil que constroem uma nova fábrica de veículos elétricos.

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